Nesta quinta-feira (02), Guaxindiba celebra a padroeira Nossa Senhora dos Navegantes. A festa religiosa integra o calendário do turismo religioso de São Francisco de Itabapoana (SFI) e recebe o apoio da Prefeitura. Já em São João da Barra, a homenagem será à Yemanjá, orixá do Candomblé e da Umbanda representado por Nossa Senhora dos Navegantes no sincretismo religioso. O evento, às 17h, será realizado pela primeira vez na areia do Pontal de Atafona, no encontro entre o Rio Paraíba do Sul e o Oceano Atlântico.

Segundo a Prefeitura de SFI, o novenário de Nossa Senhora dos Navegantes termina na noite desta quarta-feira (1º) com oração do terço, seguida de missa. Já nesta quinta, dia dedicado à santa, a programação começa às 18h30. Haverá oração do terço, missa e procissão pelas ruas da localidade. Os festejos serão encerrados com evangeliza show com a banda Rezza.

— Com muita satisfação, o poder público municipal, através da gestão da prefeita Francimara Barbosa Lemos, apoia a realização desta festa religiosa que reúne moradores e turistas — destacou o vice-prefeito Raliston Souza.

A secretaria de Cultura de SJB promove nesta quinta-feira (02), às 17h, no Pontal de Atafona, um encontro de celebração a Yemanjá, orixá feminino do Candomblé e da Umbanda, religiões de matriz africana que fazem parte da cultura do povo brasileiro. A data consta no Calendário Turístico e Cultural de São João da Barra. O evento será realizado pela primeira vez na areia, no encontro entre o Rio Paraíba do Sul e o Oceano Atlântico.

Após a abertura, comandada pelo secretário municipal de Cultura, Gil Miranda, haverá roda de conversa com as participações do sacerdote Victor Ty Exu, que vai abordar o culto a Yemanjá na Umbanda, e do babalorixá Irani Netto Ty LogúnEdé, cuja fala será sobre o culto à divindade no Candomblé. A programação inclui ainda cerimônia com flores brancas e cantigas tradicionais em homenagem à Yemanjá.

Tradição – O culto a Yemanjá é popular no Brasil por conta de ser um país tropical e também por causa do litoral, já que o culto aos orixás veio da África pelo mar e pela influência de Olokun, rei dos mares. Apesar de o culto a Yemanjá na África ser em água doce, nos rios, antigamente, para os escravos não sofrerem perseguição ao cultuarem os orixás, eles associavam aos santos católicos, pois foram catequizados contra sua vontade para adotarem os santos da igreja. Por isso o sincretismo entre os santos católicos com os orixás, fazendo com que os negros adorassem seus orixás através dos santos católicos.

Na Bahia, por exemplo, Yemanjá está associada a Nossa Senhora da Conceição e no Rio de Janeiro a associação é com Nossa Senhora da Glória e Nossa Senhora dos Navegantes. Por esse motivo o culto acorre no dia 2 de fevereiro. Porém as pessoas costumam celebrar Yemanjá também na virada do ano, em 31 de dezembro.