Família de menino que morreu eletrocutado em loja de Itaperuna faz manifestação após mãe ser processada
Matheus Mesquita 26/04/2025 12:46 - Atualizado em 26/04/2025 13:00
  • Fotos: Divulgação

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Familiares e amigos de João Pedro Donadio, de 11 anos, que morreu após receber uma descarga elétrica dentro de uma loja de roupas no Centro de Itaperuna em fevereiro de 2020, fizeram uma manifestação na manhã deste sábado (26) contra uma decisão judicial que determinou que a mãe do menino, Eliane Amâncio de Melo, pagasse a quantia de R$ 386 mil por danos morais aos proprietários da loja onde ocorreu a tragédia. Segundo a família, os donos do estabelecimento alegam que publicações feitas por Eliane nas redes sociais teriam prejudicado a imagem comercial da loja.
João morreu depois de desmaiar em uma loja no Centro de Itaperuna
João morreu depois de desmaiar em uma loja no Centro de Itaperuna / Foto: Redes sociais


A mobilização foi iniciada no Calçadão de Itaperuna até foi finalizada em um semáforo do Centro, passando pela loja em que o caso aconteceu, na avenida Cardoso Moreira. A decisão gerou ampla comoção pública e foi duramente criticada por entidades de direitos humanos, que classificam o caso como um grave exemplo de revitimização.
“O que estamos vendo em Itaperuna é mais um retrato da perversidade institucional: além da dor da perda, a família de João Pedro agora é punida por buscar justiça”, declarou Adriano Dias, da ONG ComCausa. A defesa de Eliane recorreu, alegando tratar-se de uma tentativa de silenciar uma mãe que apenas buscava justiça e responsabilização.

Durante a manifestação, os participantes usam cartazes e apitos para chamar a atenção de quem passava. Algumas placas traziam mensagens como "Quando uma mãe perde um filho, todas choram" e "A mãe chora a dor da perda do filho e é processada".


O processo criminal contra a proprietária da loja ainda está em andamento, mas em segredo de justiça. O Ministério Público, segundo a ONG ComCausa, busca a reclassificação do crime para homicídio com dolo eventual e aguarda-se a realização de uma nova perícia técnica. Paralelamente, a ação cível contra Eliane encontra-se em fase de recurso.

A Folha entrou em contato com o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) para saber mais detalhes sobre o processo, mas não recebeu respostas. A reportagem tenta contato com os proprietários da loja.

 

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