
O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Campos, Carlos Machado, após ser procurado pela Folha, se pronunciou nesta sexta-feira (18) sobre o atraso dos salários dos médicos que atuam na unidade de saúde. A informação foi noticiada nessa quinta-feira (17) pelo Blog Ponto de Vista, aqui. Alguns profissionais, como os médicos que trabalham por produção, já estariam há 15 meses sem receber. Em nota, Carlos Machado disse que a unidade de saúde vive um momento decisivo de profunda reestruturação administrativa e financeira. Ele ainda informou que busca soluções viáveis e sustentáveis para quitar as dívidas, entre elas, o salário dos médicos. Veja a nota na íntegra no final da reportagem.
Também nesta sexta, o Sindicato dos Médicos de Campos (Simec) informou que o problema se estende a todas as instituições hospitalares contratualizadas do município: Hospital Plantadores de Cana, Beneficência Portuguesa, Hospital Escola Álvaro Alvim e a própria Santa Casa.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Campos informou que os repasses federais destinados às instituições estão em dia: "Não há atrasos por parte do Ministério da Saúde nem da Prefeitura de Campos", destacou o município.
Na tentativa de buscar soluções para superar a crise nas unidades de saúde, uma reunião entre representantes da Prefeitura de Campos e do Sindicato dos Médicos foi marcada para a próxima quinta-feira (24).
Atualmente, a Santa Casa vive um momento decisivo de profunda reestruturação administrativa e financeira. Estamos atuando com muita responsabilidade o processo de recuperação institucional, pautado na transparência, na ética e na valorização da história da entidade. Estamos enfrentando desafios acumulados ao longo de anos e empenhados para revertermos o atual quadro. Um dos compromissos mais sensíveis e urgentes assumidos pela atual administração é com os profissionais médicos, cuja dedicação tem sido fundamental para manter o funcionamento do hospital mesmo em meio às dificuldades.
A instituição reconhece, com profundo respeito, o papel indispensável dessa categoria e a responsabilidade institucional de honrar os compromissos assumidos com esses profissionais ao longo dos anos. Embora o passivo existente com os médicos seja um acúmulo de vários anos temos batalhado intensamente na busca de soluções viáveis e sustentáveis para quitar essas dívidas. Com diálogo aberto, responsabilidade e respeito, estamos buscando alternativas para que esses profissionais recebam o que lhes são devidos, em reconhecimento aos seus trabalhos e aos seus compromissos com a saúde da população de Campos dos Goytacazes e região.
Entre as ações já concretizadas pela atual gestão, destaca-se a negociação de um passivo expressivo com a Receita Federal, o que permitirá, já a partir da próxima semana, a recuperação da Certidão Negativa de Débitos (CND) — um documento essencial que há anos a Santa Casa não conseguia obter. Outro marco importante foi a recuperação do CEBAS (Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social na área de Saúde), que garante o reconhecimento federal da instituição como filantrópica — um título que havia sido perdido a vários anos e indispensável para obtenção de diversos recursos federais.
Estamos também em fase final de negociação da dívida com o FGTS, possibilitando a retomada da Certidão de Regularidade do Fundo (CRF), mais um passo essencial para a recuperação da credibilidade e da capacidade institucional da Santa Casa. Outro ponto de atenção permanente é a manutenção do pagamento dos salários dos colaboradores em dia. Trata-se de uma preocupação não apenas administrativa, mas sobretudo humana e social, pois são centenas de famílias que dependem dessa remuneração para viver com dignidade. Garantir esse compromisso é reconhecer a dedicação dos profissionais que, diariamente, mantêm a Santa Casa viva.
Os valores recuperados por meio desses processos serão fundamentais para que a Santa Casa de Misericórdia de Campos consiga honrar seus compromissos com os profissionais médicos que integram seu corpo clínico. Além disso, outras frentes de negociação estão em andamento com o objetivo de ampliar os repasses, fortalecer o financiamento da instituição e assegurar a continuidade dos serviços de saúde prestados à população. Vale ressaltar que a atual gestão da Santa Casa de Misericórdia de Campos está há apenas cinco meses à frente da instituição e, desde o primeiro dia, tem se dedicado com responsabilidade e compromisso à recuperação financeira e estrutural deste importante hospital filantrópico.
Mesmo diante de inúmeros desafios herdados já foram adotadas medidas concretas e efetivas para reorganizar a Instituição. Reestruturar a Santa Casa não é apenas um desafio administrativo — é um verdadeiro ato de resgate histórico, social e humano. Com 232 anos de existência, a Santa Casa de Misericórdia de Campos é um patrimônio vivo da nossa cidade, que atravessou gerações levando cuidado, fé e esperança à população. Estamos nos dedicando com afinco e profundo senso de responsabilidade a essa missão grandiosa de reconstrução.
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