Em cada ponto ou esquina movimentada, uma história de vida diferente. É o caso de Marcia Cristiane de 47 anos, moradora de Travessão, em Campos, que trabalha há mais de 10 anos vendendo balas na região central da cidade. No semáforo da rua Marechal Floriano esquina com a rua Saldanha Marinho, Márcia conta que vende cocadas e balas para complementar o dinheiro no final do mês.
“Conclui só ensino médio e já trabalhei faxinando aqui e ali, trabalhei com vendas de produtos da Avon, também já panfletei na rua e fui tentar a vida, não deu certo, fiquei com uma filha e depois comecei vendendo doces nos semáforos. Eu comecei quando minha filha tinha 4 anos, hoje ela tem 17, tem bastante tempo. Hoje em dia as vendas são um ganho a mais para o sustento, tenho o Bolsa Família, que não é tanto, mas ajuda um pouquinho e estou tentando um concurso público. Inclusive, eu tentei até fazer o último concurso para agente de combate à Dengue, mas adoeci, fiquei de cama e não pude fazer. Agora estou esperando os próximos virem para tentar fazer, para ser concursada e sair dos sinais. Não tenho curso, não tenho nada, mas pelo menos posso fazer um concurso. Não desisto não e não pode desistir”, contou.
“Eu vendia o amendoim mendorato, só que ele é quente e no calor, o pessoal não compra. Então comecei a vender outras coisas e até que está saindo bem. Tem dias de muito, dias de pouco e dias de nada. Hoje mesmo está tendo um vencimento a mais. Já trabalhei em outros sinais como em frente ao Jardim e na rua 7 de Setembro, mas eu nunca saio do ponto que eu sempre trajetei, porque aqui as pessoas passam a te conhecer e a gente passa a ter uma clientela”, explicou Marcia.
“Eu nasci em Rio das Ostras, mas fui criado com minha avó em Campos, sempre morei aqui e tenho minha mãe em São João do Paraíso. Nos sinais eu trabalho para comprar e pagar as minhas coisas. Minha vó veio a falecer e fiquei sozinha. Eu estudei até a sexta série e não tem emprego, então tenho minhas coisas para pagar, coisas para comprar e eu não tive o que fazer, fui vender docinho. Já trabalhei duas vezes, uma vez em uma firma na cidade da minha mãe e outra no Instituto Federal Fluminense (IFF) na 28 de Março, na área de limpeza, a empresa teve corte de funcionário, mandou todo mundo embora e fui vender nas ruas. Está muito difícil, porque o desemprego está osso, você coloca o currículo e ninguém chama e tem as coisas para pagar. Hoje o meu sustento é daqui, tenho só eu. Eu trabalho para me sustentar e pagar minhas coisas. Comecei neste sinal já tem muitos anos. Eu já rodei esses sinais todos trabalhando”, falou Laila.
“Eu fico nesse sinal todos os dias e o dia inteiro. Vendo balas, cocadas, amendoim, cada dia trago uma coisa diferente para as pessoas não enjoar. Mas eu penso em encontrar algo melhor, tentar outra coisa. Estou até vendo para fazer um supletivo de noite, trabalho no sinal de manhã e de noite estudo”, relatou a jovem.
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