Primeira audiência do caso Eliana Tavares é realizada no fórum de Campos
Foi iniciada na tarde desta quinta-feira (12), às 13h50, a primeira audiência de instrução de julgamento do caso Eliana Tavares, de 58 anos, que morreu ao ser atropelada pelo próprio filho, Carlos Eduardo Tavares de Aquino, de 32 anos. O crime, que teve repercussão nacional, ocorreu no dia 28 de outubro, na avenida Francisco Lamego, no Jardim Carioca, em Guarus.
A audiência foi realizada no Fórum Juíza Maria Tereza Gusmão Andrade. Nesta etapa do processo, foram ouvidas 14 testemunhas, do juízo e da acusação. O primeiro depoimento foi dado pelo titular da 146ª Delegacia de Polícia (Guarus), Carlos Augusto Guimarães, responsável pela investigação. Ele detalhou o histórico de violência do réu contra a vítima e afirmou que Carlos Eduardo reconheceu sua mãe enquanto ela pedalava de bicicleta e, ao perceber quem era, acelerou o veículo com a intenção de atropelá-la.
Em depoimento, Eduardo de Aquino Cardoso, pai de Carlos Eduardo e marido da vítima, detalhou os acontecimentos do dia do acidente. Segundo ele, no momento da tragédia, estava assistindo a um jogo de futebol, enquanto Carlos Eduardo havia pedido emprestado o carro de Lara, sua filha, alegando que seria uma rápida ida ao banco. Eduardo acabou cedendo devido à chuva, mas deixou claro que Lara não havia autorizado o empréstimo do veículo.
“Eu não queria emprestar, mas estava chovendo e acabei permitindo. Ele disse que seria rápido, só iria ao banco. Mas o tempo foi passando, e ele não voltava”, contou Eduardo, visivelmente emocionado. Durante esse período, a esposa de Eduardo ligou para ele, já que estavam planejando assistir ao jogo juntos, mas ele explicou que aguardava o retorno de Carlos Eduardo para sair.
Logo depois, segundo Eduardo, o filho ligou dizendo que havia se envolvido em um acidente. “Quando vi o carro da Lara todo destruído e o outro carro também, com ele transtornado, eu sacudi ele e perguntei: ‘o que você fez, meu filho?’”, relatou Eduardo.
“Eu não sabia da morte da Eliana até que um policial me trouxe a bolsa dela e me avisou que havia uma vítima fatal. Quando cheguei perto, vi a bicicleta dela e levantei o saco preto, era ela. Eu quero a verdade, quero saber se meu filho teve intenção ou não”, disse o pai.
“Eu não queria emprestar, mas estava chovendo e acabei permitindo. Ele disse que seria rápido, só iria ao banco. Mas o tempo foi passando, e ele não voltava”, contou Eduardo, visivelmente emocionado. Durante esse período, a esposa de Eduardo ligou para ele, já que estavam planejando assistir ao jogo juntos, mas ele explicou que aguardava o retorno de Carlos Eduardo para sair.
Logo depois, segundo Eduardo, o filho ligou dizendo que havia se envolvido em um acidente. “Quando vi o carro da Lara todo destruído e o outro carro também, com ele transtornado, eu sacudi ele e perguntei: ‘o que você fez, meu filho?’”, relatou Eduardo.
“Eu não sabia da morte da Eliana até que um policial me trouxe a bolsa dela e me avisou que havia uma vítima fatal. Quando cheguei perto, vi a bicicleta dela e levantei o saco preto, era ela. Eu quero a verdade, quero saber se meu filho teve intenção ou não”, disse o pai.
Duas inspetoras da Polícia Civil, Suellen Yara e Maria Isabel Silva, falaram sobre o trabalho delas nas diligências, incluindo a coleta de depoimentos de familiares e a análise das imagens do acidente. Suellen Yara mencionou um vídeo recebido de Lara Aquino, irmã do réu, que registrava agressões anteriores contra a vítima e que foram essenciais para o andamento das investigações.
Durante o depoimento do policial militar José Augusto, que foi o primeiro a atender à ocorrência, o réu começou a chorar. José disse que Carlos Eduardo só soube que havia atropelado sua mãe quando o pai chegou ao local. Segundo o policial, o réu estava visivelmente alterado, mas afirmou que, antes da chegada do pai, não se aproximou do corpo de Eliana. O policial ainda relembrou que, um mês antes do crime, havia sido chamado para atender uma ocorrência na residência de Eliana, após o pai do réu informar que Carlos Eduardo teria sumido com a carteira e as chaves do carro. Na ocasião, a mãe de Carlos estava visivelmente nervosa, o que gerou preocupação na família.
Janaína Alves, ocupante do carro que Carlos Eduardo colidiu após atropelar a mãe, está atualmente em cadeira de rodas após o acidente, compartilhou sua angústia ao lembrar dos momentos que antecederam a colisão. "Estava conversando com a sogra do meu filho quando, de repente, todo mundo se assustou. O motorista de frente para nós acelerou e atropelou uma mulher", contou Janaína. "Eu fiquei assustada e, logo depois, apaguei. O carro bateu no nosso e eu desmaiei. Quebrei a perna e tive um corte no rosto", explicou. Ela foi internada por 10 dias e precisou de cirurgia para colocar duas placas na perna. Com mais de um mês sem poder andar, Janaína relatou que seu esposo teve que parar de trabalhar para cuidar dela, e contou com a ajuda de amigos, que lhe emprestaram uma cadeira de rodas, já que não tem condições de comprar uma.
Elaine Cristinne dos Santos, que também estava no veículo no momento do acidente, disse que lembra de estar dentro da ambulância após o impacto. "Eu só lembro de estar cheia de sangue, na ambulância. Fiquei um mês sem poder trabalhar", disse Elaine, que trabalha como faxineira. "Meu dedo do pé dói muito até hoje", completou.
Juliana dos Santos Souza, que estava no banco traseiro direito do veículo, descreveu o momento do impacto. "Eu escutei o meu cunhado gritando e, em seguida, vi o carro vindo na nossa direção. Foi quando aconteceu o impacto. Não fiquei desacordada", explicou. Juliana, que é estudante no IFF, teve que faltar uma semana de provas para cuidar de sua família. "Graças a Deus, fui a pessoa que ficou menos machucada. Tive que cuidar da minha irmã, dar banho nela e ser forte para minha família", disse.
Nivaldo Alves do Moraes, motorista do carro, relatou como aconteceu o acidente. "Estava indo devagar, vindo de um aniversário, quando vi o carro vindo em alta velocidade e pegando uma moça de bicicleta. Ele estava vindo e acelerou mais", contou. "Depois disso, ele bateu no meu carro e tentou fugir", completou. Nivaldo sofreu fraturas no ombro e na coluna, precisando se afastar do trabalho. "Minha visão estava turva, e não vi mais nada depois da batida, só ouvi minha esposa dizendo que o Carlos Eduardo atropelou alguém".
Laura Lopes Lisboa, ex-namorada de Carlos Eduardo, compartilhou um relato sobre o comportamento do acusado. "Ele não era mais a pessoa que eu conhecia há oito anos. Ele estava muito depressivo", explicou. Laura também revelou que Carlos Eduardo teve sérios problemas familiares e financeiros, e que ela o ajudou financeiramente. "Eu comecei a dar dinheiro para a Eliane, mãe dele, porque ela estava sem dinheiro, depois que ele começou a roubar os pais", contou. Em um devido momento, o Ministério Público questionou o depoimento de Laura, considerando a possibilidade de falso testemunho, e pediu uma retratação. A partir deste momento, ela começou a contar que sabia sobre as agressões cometidas com a Eliana e que a mesma tinha medo do filho. No início, ela tinha dito que não sabia de nada.
João Vitor Barroso, primo de Eliane, mãe de Carlos Eduardo, relatou o histórico de violência familiar envolvendo o acusado. "O Carlos sempre agrediu a mãe e a irmã, Lara. Quando ela tinha 16 anos, ele a agrediu tão violentamente que ela teve que morar comigo", contou João Vitor, acrescentando que o acusado "era agressivo com todos que não lhe davam dinheiro". João Vitor também mencionou que Carlos Eduardo começou a usar drogas, inicialmente negando o vício, mas eventualmente se tornando dependente. "Eu sabia que ele usava cocaína, mas ele dizia que era só diversão. Com o tempo, ficou claro que ele era dependente", afirmou.
Elaine Cristinne dos Santos, que também estava no veículo no momento do acidente, disse que lembra de estar dentro da ambulância após o impacto. "Eu só lembro de estar cheia de sangue, na ambulância. Fiquei um mês sem poder trabalhar", disse Elaine, que trabalha como faxineira. "Meu dedo do pé dói muito até hoje", completou.
Juliana dos Santos Souza, que estava no banco traseiro direito do veículo, descreveu o momento do impacto. "Eu escutei o meu cunhado gritando e, em seguida, vi o carro vindo na nossa direção. Foi quando aconteceu o impacto. Não fiquei desacordada", explicou. Juliana, que é estudante no IFF, teve que faltar uma semana de provas para cuidar de sua família. "Graças a Deus, fui a pessoa que ficou menos machucada. Tive que cuidar da minha irmã, dar banho nela e ser forte para minha família", disse.
Nivaldo Alves do Moraes, motorista do carro, relatou como aconteceu o acidente. "Estava indo devagar, vindo de um aniversário, quando vi o carro vindo em alta velocidade e pegando uma moça de bicicleta. Ele estava vindo e acelerou mais", contou. "Depois disso, ele bateu no meu carro e tentou fugir", completou. Nivaldo sofreu fraturas no ombro e na coluna, precisando se afastar do trabalho. "Minha visão estava turva, e não vi mais nada depois da batida, só ouvi minha esposa dizendo que o Carlos Eduardo atropelou alguém".
Laura Lopes Lisboa, ex-namorada de Carlos Eduardo, compartilhou um relato sobre o comportamento do acusado. "Ele não era mais a pessoa que eu conhecia há oito anos. Ele estava muito depressivo", explicou. Laura também revelou que Carlos Eduardo teve sérios problemas familiares e financeiros, e que ela o ajudou financeiramente. "Eu comecei a dar dinheiro para a Eliane, mãe dele, porque ela estava sem dinheiro, depois que ele começou a roubar os pais", contou. Em um devido momento, o Ministério Público questionou o depoimento de Laura, considerando a possibilidade de falso testemunho, e pediu uma retratação. A partir deste momento, ela começou a contar que sabia sobre as agressões cometidas com a Eliana e que a mesma tinha medo do filho. No início, ela tinha dito que não sabia de nada.
João Vitor Barroso, primo de Eliane, mãe de Carlos Eduardo, relatou o histórico de violência familiar envolvendo o acusado. "O Carlos sempre agrediu a mãe e a irmã, Lara. Quando ela tinha 16 anos, ele a agrediu tão violentamente que ela teve que morar comigo", contou João Vitor, acrescentando que o acusado "era agressivo com todos que não lhe davam dinheiro". João Vitor também mencionou que Carlos Eduardo começou a usar drogas, inicialmente negando o vício, mas eventualmente se tornando dependente. "Eu sabia que ele usava cocaína, mas ele dizia que era só diversão. Com o tempo, ficou claro que ele era dependente", afirmou.
Além da família de Carlos Eduardo, outro relato importante veio do vereador Leon Gomes, que esteve presente em uma situação que, segundo ele, envolvia Eliana. Leon relatou que, em 2022, teve um incidente na rua de Eliana, quando o carro dele foi atingido pelo veículo de Eliana, que desceu muito nervosa após o ocorrido.
"Ela estava muito nervosa e com um atadura no braço. O filho dela chegou em uma moto, junto com outro rapaz, e começou a xingar muito. Eu fiquei muito indignado com as palavras agressivas dele. Ele falou, em determinado momento: 'você tem que morrer'", contou Leon.
"Ela estava muito nervosa e com um atadura no braço. O filho dela chegou em uma moto, junto com outro rapaz, e começou a xingar muito. Eu fiquei muito indignado com as palavras agressivas dele. Ele falou, em determinado momento: 'você tem que morrer'", contou Leon.
Promotor de Justiça fala sobre os próximos passos: