Filho da colunista Maria Ester é absolvido pelo júri
Yasmim Lima e Mário Sérgio Junior 19/06/2024 21:36 - Atualizado em 20/06/2024 18:01
  • Julgamento acontece no Fórum (Fotos: Rodrigo Silveira)

    Julgamento acontece no Fórum (Fotos: Rodrigo Silveira)

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    Julgamento acontece no Fórum (Fotos: Rodrigo Silveira)

Por 4 votos a 3, o júri popular absolveu, na noite desta quarta-feira (19), Luiz  Fernando Balbi, que era acusado de atear fogo na mãe, a jornalista Maria Ester Balbi, que morreu em setembro de 2012 aos 62 anos. O julgamento aconteceu no Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos, em audiência presidida pelo juiz Samuel Lemos.
Nessa segunda fase do julgamento foram ouvidas seis testemunhas e outras duas foram dispensadas pela defesa e pela acusação. Também foram exibidos dois vídeos de outras duas testemunhas que prestaram depoimento na primeira fase do julgamento. O júri é composto por sete pessoas. 
O advogado de defesa de Luiz Fernando, Sandro Silva, falou com a equipe de reportagem sobre o julgamento. De acordo com o advogado criminalista, havia falhas no processo e falta de provas que comprovem a acusação.
"Este é um caso que há 12 anos se estendia. Eu entrei na segunda fase do processo, que seria a preparação para o plenário no tribunal do júri. Naquela oportunidade, vimos que o processo tinha várias falhas, não haviam sido feitas várias diligências e todas as provas que haviam no processo eram frágeis para a condenação. A defesa, estudando esse processo de forma minuciosa, apontou e demonstrou aos jurados que não havia nenhum nexo para poder levar o Luiz Fernando à condenação. Ele estava sendo acusado de um fato injusto, que já se pendurava por 12 anos", disse o advogado.
Sandro Silva comentou ainda sobre a decisão do julgamento. Para ele, a sentença final foi justa e, com isso, mostrou a improcedência da denúncia feita pelo MP.
"A defesa demonstrou com provas que tudo que estava sendo dito era algo provável e não provado. Para se condenar alguém no direito penal, precisa de ser provado. Portanto, no julgamento de ontem, o Conselho de Sentença de Campos fez justiça ao absorver o Luiz Fernando da imputação que ele levava há 12 anos de forma injusta, sem ao menos ter provas concretas que confirmassem tal acusação. Foi um julgamento justo ", finalizou o advogado.
Segundo a denúncia do Ministério Público, no dia 21 de agosto de 2012, Luiz Fernando teria ateado fogo no corpo da mãe, na residência da família, no bairro do IPS. De acordo com a Polícia Civil, Maria Ester e Luiz Fernando teriam iniciado uma discussão, em que ela teria chamado o filho de “vagabundo”, fato que teria motivado o filho a cometer o crime. O acusado teria ficado arrependido de ter ateado fogo na mãe e tentado apagar as chamas, usando dois baldes e, em seguida, ter enrolado a vítima com o lençol e arrastado seu corpo do quarto até o box, no banheiro, para apagar o fogo, e logo após chamou o socorro da ambulância Emergência em Casa, da Prefeitura. Luiz Fernando estava com queimaduras de 1º grau nas mãos.
Maria Ester foi levada primeiramente para o Hospital Ferreira Machado (HFM) e transferida posteriormente para o Hospital Dr. Beda, onde morreu 10 dias depois em decorrência de queimaduras de 1º, 2º e 3º graus em 60% do corpo.
Luiz Fernando chegou a ficar preso no presídio Diomedes Vinhosa Muniz, em Itaperuna. Porém, em novembro de 2012, ele passou a responder pelo crime em liberdade após decisão da juíza Elizabeth Longobard, que era a titular da 1ª Vara Criminal de Campos à época do crime. A decisão foi tomada pela juíza depois do pedido de revogação da Defensoria e com base no depoimento de seis testemunhas de defesa, durante a primeira audiência de instrução e julgamento.

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