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Tatiana Azevedo e Natália Deus no Laboratório do IFF Campos
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Tatiana Azevedo e Natália Deus no Laboratório do IFF Campos
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Tatiana Azevedo e Natália Deus no Laboratório do IFF Campos
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Tatiana Azevedo e Natália Deus no Laboratório do IFF Campos
O Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência é comemorado neste sábado (11) e a data foi instituída em 2015 pela Assembleia Geral, sendo celebrado pelas Nações Unidas e pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Com o objetivo de dar visibilidade ao papel e às contribuições das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica e também buscando fortalecer o compromisso global com a igualdade de direitos entre homens e mulheres, a data mostra que, a partir de 2015, as mulheres cientistas começaram a ter um espaço que antes não era tão comum, além da área ser predominantemente formado por homens.
Segundo a estudante do Instituto Federal Fluminense (IFF) de Campos Tatiana Azevedo, o mundo ouviu falar sobre diversos homens responsáveis por descobertas científicas como Charles Darwin, Galileu Galilei, Isaac Newton, mas que pouco é falado sobre as mulheres que também tiveram grandes contribuições na área, como Rosalind Franklin, Katherine Johnson e Marie Curie. Para ela, tem vários exemplos de mulheres que se destacaram e se destacam, mas que é preciso lembrar que nem sempre foi assim.
“Falar sobre as mulheres e meninas nas Ciências é algo não só para se pensar no nosso dia internacional, mas sim uma reflexão diária. É possível perceber que as contribuições feitas pelas mulheres são deixadas de lado e simplesmente esquecidas. Viver em uma sociedade de cunho machista e patriarcal já é uma grande dificuldade enfrentada por nós mulheres, sobretudo no âmbito da ciência. Situações de preconceito e discriminação estão ainda presentes no dia a dia da mulher. Hoje, a participação do gênero feminino na ciência é um pouco melhor, mas ainda é imprescindível lutar pelo acesso e permanência de mulheres e meninas principalmente nas áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática”, ressalta a estudante de Ciências da Natureza.
A professora e bióloga Natália Deus explica que a data comemorativa traz a representatividade e destaque para o assunto ao mesmo tempo que reforça a necessidade de esforços cotidianos a fim de mitigar exclusões e quebrar barreiras excludentes, como por exemplo sobre um dos maiores desafios de ser mulher e estar inserida no mundo da ciência que, para ela, é a gestão do trabalho, da casa, dos filhos e do lazer.
Tatiana concorda com essa afirmação, visto que, segundo ela, a diminuição da produtividade durante a maternidade também acontece e que essa é uma outra dificuldade além do preconceito e da discriminação de gênero. A estudante e a Natália relembraram sobre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ter inserido o registro dos períodos de licença-maternidade no Currículo Lattes em 2021, assim como a Lei 13.536/2017 que estabelece que estudantes bolsistas de pesquisa tenham direito ao afastamento, por maternidade ou adoção, de 120 dias, em que as atividades acadêmicas ficam suspensas, mas elas continuam recebendo a bolsa.
“Ocupar diferentes espaços sociais, se apropriar e ser protagonista de ações de destaque contemporâneo, inclusive na área científica, é de extrema importância para o engajamento voltado para a ampliação da participação igualitária das mulheres. Poder ser inspiração para meninas e mulheres que querem seguir ou estão seguindo a área da ciência é uma honra, mas não faço mais que minha obrigação, partilho a vida, a realidade, dificuldades e sucessos de minha jornada acadêmica e profissional. Mulheres podem ser aquilo que quiserem”, finaliza a doutora e mestra em Biociências e Biotecnologia.