Neste ano de 2022, os Mutirões da Saúde zeraram as filas de anos de espera com um total de 92.600 procedimentos realizados, de acordo com a Prefeitura de Campos. As ações encerram no próximo dia 31, chegando a dobrar o quantitativo oferecido inicialmente, como foi o caso das cirurgias ortopédicas, que até o mês do outubro, chegaram a mais de 30 mil procedimentos, entre consultas, cirurgias e fisioterapia, superando a meta proposta que era de 15.828 intervenções.
Ainda dentro da terceira etapa do Mutirão da Saúde para cirurgias ortopédicas, lançado oficialmente no dia 2 de junho, somente de consultas já foram realizados 9.859 atendimentos que resultaram em 1.888 cirurgias, um total de 95% de cumprimento da meta cirúrgica proposta em apenas cinco meses (junho a outubro).
A diretora de Auditoria, Controle e Avaliação (DACA), Bruna Araújo, informou que as cirurgias ortopédicas de fraturas diagnosticadas na emergência do Hospital Ferreira Machado (HFM), reduziram drasticamente o tempo de espera para estes procedimentos, considerados eletivos, e que através do mutirão tiveram um tratamento de emergência.
“Enquanto pacientes de vários municípios do país sofrem na fila de espera por uma cirurgia ortopédica, Campos avançou por meio da terceira etapa do Mutirão da Saúde. O mutirão proporcionou a reavaliação de muitos pacientes e a resolução de 1.888 pessoas, que aguardavam por um procedimento na fila do Sistema Estadual de Regulação”, disse Bruna.
OUTRAS ETAPAS – Na primeira etapa, o Mutirão da Saúde superou a meta proposta que era a de ofertar 40 mil procedimentos em 100 dias, entre exames especializados e cirurgias pelo Sistema único de Saúde (SUS), alcançando 44.866 mil atendimentos, 1.860 só de procedimentos do pacote da bariátrica, que englobam cirurgia, consultas com diversas especialidades e exames diagnósticos. Os números são referentes aos meses de novembro de 2021, quando o Mutirão foi lançado oficialmente, dezembro, janeiro e fevereiro deste ano.
Dentre as beneficiadas pela cirurgia bariátrica está Karine Siqueira, de 37 anos. Ela conta que operou no dia 24 de fevereiro e, desde então, já perdeu 49 kg. “Meu peso já estava afetando minha saúde e meu fígado estava bem comprometido. Procurei o Núcleo e logo marcaram minha cirurgia. Só tenho que agradecer ao prefeito Wladimir, pois abaixo de Deus, o mutirão salvou minha vida”, comemorou ela, que pesava 120 kg antes do procedimento, conhecido como técnica do Baypass.
Na segunda etapa, a Prefeitura conseguiu zerar a fila de espera para exames de ressonância magnética e tomografia, superando a meta proposta de 6 mil vagas para a realização dos exames de alta complexidade. Esta ação teve início no dia 29 de março e terminou em 20 de maio, com um total de 6.992 procedimentos realizados.
Já a quarta etapa dos Mutirões da Saúde para cirurgias de cabeça e pescoço e urologia, lançados em 17 de agosto, teve um total de 1.010 e 1.608 procedimentos realizados, respectivamente, entre consultas e cirurgias.
Para Angélica Leite do Couto, 55 anos, o sentimento é de gratidão. “Tinha nódulos na tireoide que estavam em constante crescimento e se eu não fizesse a cirurgia, poderia se transformar em algo pior. Graças a Deus e ao mutirão consegui operar e agora é continuar meu tratamento com hormônios, já que precisei retirar a tireoide”, disse a moradora do Parque Aurora, que foi a primeira a ser operada dentro do Mutirão de cabeça e pescoço.
O idoso José Maria Carneiro Machado, 71, foi um dos inúmeros beneficiados dentro do Mutirão de cirurgias urológicas. Ele, que operou no dia 14 de setembro na Beneficência Portuguesa, tinha uma vida limitada antes do procedimento para redução da próstata, segundo informou sua esposa, Jecira Domingues, de 66 anos.
“Ele sofria com dores e não conseguia urinar direito. O mutirão não apenas salvou sua vida, mas a de toda família, porque é muito triste ver quem a gente ama em sofrimento. Eu agradeço a iniciativa do prefeito e espero que continue a ajudar mais e mais pessoas”, disse a aposentada moradora da Tapera.
