8 de agosto, e o Dia D da mobilização no município acontece neste sábado (20), em 24 postos, das 9h às 14h. A baixa cobertura vacinal chegou a ser abordada na última reunião do Gabinete de Crise e Combate à Covid-19 e Outras Doenças Emergentes e Reemergentes, realizada na última segunda-feira (15). O secretário de Saúde de Campos, Paulo Hirano, explicou que o país tem passado por um momento de negativismo à imunização, onde muitos pais deixaram de levar os filhos para completar o calendário de vacinação.
Segundo o assessor técnico municipal da Vigilância em Saúde, Charbell Kury, a queda na cobertura vacinal no Brasil vem ocorrendo desde 2015. “Existem vários motivos pelos quais os números de vacinação caíram. Entre eles, podemos citar aqui a hesitação à vacinação, as fake news e a definição de estudiosos
da vacina, no qual sou um amador, que são três C’s: confiança, complacência e conveniência”, detalhou.
Até o momento, a cobertura da Tríplice Viral, responsável por prevenir o desenvolvimento de caxumba, sarampo e rubéola, é de 50,90%. Na segunda dose, alcançou somente 32,54%. Quanto à vacina que
previne contra a Poliomielite, doença contagiosa aguda, somente 44,88% das crianças foram imunizadas em Campos.
A baixa cobertura se repete para as vacinas BCG, que previne formas graves de tuberculose, com 57,73%, e a Meningocócica C, que atingiu 48,07%. Para a Pneumocócica, a taxa é de 53,13%. A da Hepatite B está em 45,03%, e a da Hepatite A, em 40,23%. A Varicela alcançou 39,95%. Também estão abaixo dos
50% as vacinas Pentavalente, com 45,03%; a DTP bacteriana, com 36,62%; e a rotavírus com 44,15%.
O município também mantém busca ativa para a imunização de crianças e adolescentes através de parceria entre a secretarias de Saúde e de Educação, com a vacinação itinerante nas escolas da rede municipal de ensino. Nesse processo, os pais e responsáveis legais recebem um formulário, que ser preenchido e assinado, para que a criança ou o adolescente receba as vacinas.