Em coletiva de imprensa, Americano apresenta elenco com Marcelinho Paraíba e Walter
Maria Laura Gomes - Atualizado em 25/03/2025 17:54
Crédito: Rodrigo Silveira
O Americano realizou, nesta terça-feira (25), uma coletiva de imprensa para apresentar oficialmente seu elenco e comissão técnica para a temporada. O time será comandado pelo ex-meia/atacante Marcelinho Paraíba, que teve passagens como jogador por São Paulo, Grêmio, Flamengo e Wolfsburg, além de ter sido convocado para a Seleção Brasileira. Como treinador, já dirigiu equipes como Treze, Sport-PB, Serra Branca e Nacional de Patos. Entre os reforços, o clube também anunciou o centroavante Walter, ex-Internacional, Fluminense, Athletico-PR e Goiás, que não compareceu ao evento por motivos pessoais. No total, mais de 20 novos integrantes chegaram ao clube, incluindo jogadores, treinador e membros da comissão técnica.

Durante a coletiva, Marcelinho Paraíba falou sobre os desafios do futebol carioca e destacou a dificuldade das equipes do interior em comparação aos clubes da capital: "A gente sabe que a dificuldade é grande, principalmente para os clubes do interior, porque os da capital têm uma estrutura e capacidade financeira muito maior. Você não pode comparar um clube que tem jogadores de um milhão de reais com um que precisa buscar atletas mais baratos, que ainda estão buscando um espaço no futebol. Mas o que eu falo para os jogadores é que, se tivermos disciplina, coragem e obediência tática, podemos chegar onde queremos. Temos que ser uma família, nos doar um pelo outro e, mesmo enfrentando times tecnicamente superiores, podemos superar essas dificuldades com estratégia e força de vontade. O nosso grupo tem qualidade, e nosso papel como comissão técnica é prepará-los para fazer bons jogos", finalizou. 
Rodrigo Silveira
Com mais de 30 anos de experiência no futebol brasileiro, o Diretor Executivo André Araújo, que se destacou por passagens vitoriosas no Vasco da Gama e no Bahia, destacou a importância do projeto e a tradição do clube. "O que incentivou muito a minha vinda foi a camisa do Americano, a tradição que esse escudo representa. O Americano não é um clube qualquer, ele tem muita história. Fiz questão de trazer para essa mesa o passado do clube, representado pelo Pachola, que foi um ídolo, o presente, com o Gustavo, um jogador com uma trajetória bonita no futebol, e o Claudinho, que é o nosso futuro. O Americano hoje é isso: uma necessidade extrema de reconstrução para voltarmos a ser o clube que conhecemos, um time respeitado no cenário nacional", finalizou.
Crise política: Assembleia pode votar saída de Tolentino Reis
Além das questões esportivas, o clube vive um momento de instabilidade política. O Conselho Deliberativo convocou para o dia 31 uma assembleia com os sócios para votar a destituição do presidente Tolentino Reis. Ele, no entanto, afirmou que permanecerá no cargo e criticou a postura do Conselho.

— Estou presidente por mais quatro anos, independente do que aconteça, porque a gente sabe que isso é uma questão política. Não há nada contra minha conduta como presidente. Fui eu que mantive o clube jogando. Poderia ter me afastado do Campeonato Carioca e parado de investir dinheiro, mas não fiz isso porque hoje sou mais do que um empresário, sou torcedor do Americano. Como vou abandonar o clube nessa situação? Vou continuar lutando pelo acesso — disse.
Ele também ressaltou que "O trabalho vai permanecer e o que tiver que acontecer, vai acontecer. Essa instabilidade administrativa que o Conselho vem causando atrapalha as nossas negociações de patrocínio. Desde o ano passado, eu, com minhas empresas, estou bancando tudo. Este ano, tentamos fazer diferente, conseguimos algumas negociações, mas o Conselho atrapalhou novamente, e voltamos à estaca zero. Mas, como sempre, estou disposto a investir do meu próprio bolso para manter o Americano vivo. Se eu não tivesse assumido, o clube teria pedido licença do campeonato. Isso não aconteceu por minha causa, e eu vou continuar trabalhando para o Americano chegar onde merece", finalizou.
Tolentino também falou sobre a polêmica envolvendo o perfil oficial do clube no Instagram, que teria bloqueado alguns torcedores no último final de semana. Ele explicou que as redes sociais do Americano são abertas para críticas, desde que haja respeito.

— O Instagram do clube é para todo mundo. O torcedor pode criticar, dizer que o presidente é feio, que o futebol não está funcionando. O que não pode é ofender de forma pejorativa ou partir para agressões pessoais. Se alguém quer xingar, que faça isso na sua própria página, não na do clube. Estamos silenciando esses perfis para evitar problemas maiores. Se o torcedor quer bagunça, que faça isso no espaço dele — esclareceu. 

Sobre a possibilidade de transformar o Americano em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), Tolentino afirmou que sempre foi favorável ao modelo, mas com algumas condições. "Sempre disse que só aceitaria ser presidente se pudéssemos transformar o clube em um negócio sustentável. Manter um time custa caro. Só as cinco categorias de base do Americano custam cerca de 200 mil reais para disputar o Campeonato Carioca. O profissional custa quase 2 milhões. Se o futebol não virar um negócio, não tem futuro. Eu sou a favor da SAF, mas desde que seja feita de forma correta. A SAF não pode significar venda de patrimônio, tem regras a seguir. Enquanto eu for presidente, vou zelar pelo clube e pelos torcedores."

Jogadores falam sobre expectativas para a temporada
O atacante Cláudio de Souza, jogador da base do Americano, destacou sua felicidade em poder contribuir com o time. "Queria agradecer ao Tolentino, que sempre me abraçou. Isso aqui é um sonho para mim. O ano passado foi de muita luta. Ano retrasado me machuquei, precisei ficar parado. Estar longe é muito ruim, queria estar presente, viajar com o grupo e ajudar. Mas agora estou de volta e pronto para contribuir para que essa temporada seja de sucesso e que consigamos o acesso."

Já o zagueiro Gustavo Índio ressaltou a importância da torcida e da união de todos no clube para alcançar os objetivos. "Vestir essa camisa é uma emoção muito grande. O Americano tem uma história enorme no futebol, não só do Rio, mas do Brasil. Quando recebi a proposta, não pensei duas vezes. Se nós jogadores, junto com a torcida e a imprensa, nos unirmos, podemos alcançar nosso objetivo, que é levar o Americano de volta à primeira divisão, onde ele deve estar."

Confira a lista:
Divulgação

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