Campos vai ganhar uma Escola Municipal de Expressão Artística e Cultural. O projeto é um compromisso de campanha do prefeito Wladimir Garotinho. Inicialmente, a proposta é integrar cultura e educação, além de promover a ocupação do Centro Popular Osório Peixoto (Cepop), mais precisamente o seu palco. A meta da atual gestão para a construção de 2010, que custou R$ 100 milhões no governo Rosinha Garotinho, consiste em oferecer ensino regular a turmas de 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental para as crianças das comunidades do seu entorno. O espaço, agora pensado para a nova geração, vai proporcionar atividades extracurriculares em diferentes modalidades, através de oficinas e projetos nas áreas de arte, cultura, artesanato e empreendedorismo social.
— Eu tenho um compromisso de campanha, que é fazer a Escola Municipal de Expressão Artística e Cultural. E o primeiro passo é desmontar aquele palco do Cepop. Então, nós tomamos a decisão de desmontar o palco e vender as peças, que não têm serventia para a Prefeitura, e construir a Escola em cima. Embaixo vai ser a parte administrativa, com camarins e salas. Estamos, com isso, dando seguimento ao que planejamos — informou o prefeito Wladimir.
Segundo o secretário municipal de Educação, Ciência e Tecnologia, Marcelo Feres, a ideia é construir a Escola, sob a supervisão e execução de profissionais da Animação Cultural, professores de Artes e colaboradores nas diversas expressões artísticas.
— O objetivo é oferecer ensino regular a turmas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental para a comunidade do entorno do Cepop e bairros, como, por exemplo, Vila da Rainha, Jóquei e Novo Jóquei, com currículo regular de 30 horas semanais, complementado com ensino integral com cinco horas semanais de atividades extracurriculares nas diferentes modalidades de oficinas e projetos nas áreas de arte, cultura, artesanato e empreendedorismo social — explicou o secretário.
O projeto, adianta Feres, visa proporcionar oportunidade de complementação curricular para alunos em tempo integral oriundos de outras escolas da rede municipal de ensino; produzir experiências artísticas e culturais diversas, através de cursos, seminários, workshops, eventos voltados aos alunos e profissionais da Rede Municipal de Ensino; fomentar atividades artísticas e culturais ligadas à educação e ao desenvolvimento humano e social da comunidade escolar campista.
De acordo com a subsecretária de Ciência e Tecnologia, Tânia Alberto, o Plano de Trabalho, a Proposta Pedagógica, o Projeto Arquitetônico e o Projeto de Identificação de Talentos na Rede Municipal de Ensino, para a implantação da Escola Municipal de Expressão Artística e Cultural, estão em fase de desenvolvimento. Para ela, a arte desenvolve a inteligência e a percepção da imagem para todas as áreas.
— Esse aprendizado é indispensável para o desenvolvimento e formação cultural e humana dos adolescentes. A arte faz parte de uma educação integral. É fundamental para estimular a criatividade, a imaginação, as habilidades motoras, a inteligência racional, a afetividade e a emoção. E a arte na educação como expressão pessoal é um importante instrumento para a identificação cultural e o desenvolvimento. Através dela, é possível apreender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo analisar a realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a mudar esta mesma realidade. Ela supera o estado de despersonalização, inserindo o indivíduo no lugar ao qual pertence — destacou Tânia.
No momento, o governo tem programado um leilão, a ser realizado no dia 5 de maio, para vender a parte metálica do arco do palco do Cepop, ao custo de R$ 50 mil.
