Show de Fim de Ano da Folha tem homenagem a Renato Abreu
14/12/2023 22:22 - Atualizado em 04/01/2024 16:30
Uma noite especial! Assim pode ser descrita a noite desta quinta-feira (14), quando o carnavalesco campista Amarildo de Mello foi homenageado com o Troféu Folha Seca, em evento no Teatro Municipal Trianon, em Campos. A cerimônia foi coroada com o tradicional Show de Fim de Ano da Folha da Manhã, este ano tendo como atração a célebre banda The Fevers, animando parceiros, assinantes e convidados do jornal com os principais sucessos dos seus quase 60 anos de carreira. Amarildo de Mello destacou a importância de receber o Troféu Folha Seca como reconhecimento da sua luta, da sua arte e cultura, principalmente como reconhecimento da sua cidade. 
— O que fazemos é uma reverência ao passado. A gente não pode perder essa qualidade de vários artistas que traçaram o ritmo da nossa história — disse a diretora-presidente do Grupo Folha, Diva Abreu Barbosa.
Reverência foi o que não faltou no discurso do homenageado da noite. Amarildo de Mello fez uma viagem ao passado para recordar a sua infância no distrito de Tócos e o sonho de um menino que, anos mais tarde, se tornaria carnavalesco campeão dos grupos especiais do Rio de Janeiro, com a Beija-Flor, em 1998, e de São Paulo, com a X-9, em 2012 e 2015.
— É um misto de emoções. Escrevendo o meu discurso, cheguei à conclusão de que essa é a chancela de que tudo o que eu fiz valeu a pena: minha luta, minha correria, minha militância na arte e na cultura. O sonho de um menino em ser artista foi mais do que isso. Esse menino fez algo pela cultura brasileira, pela cultura de um povo, e isso me dá muito orgulho. Essa é a assinatura: o reconhecimento da cidade de onde eu saí. E é um troféu com o nome de Folha Seca, que me permite fazer uma interpretação: as folhas secas caem para adubar o chão; e pessoas que deixam um legado exemplificam para as futuras gerações — disse Amarildo, que no discurso oficial homenageou a mãe, costureira e já falecida, e o pai, ex-funcionário da Usina Paraíso, presente na plateia aos 93 anos.
Já o Show de Fim de Ano da Folha promoveu o reencontro do público campista com uma banda que, em 1974, foi eleita no “Fantástico”, da TV Globo, a mais popular do Brasil.
— A gente já veio a Campos em várias situações, durante muitos anos. Afinal, 45 anos de carreira é muito tempo. Viemos aqui na época dos grandes bailes, e hoje estamos felizes por participar dessa festa, uma festa com premiação. É uma honra — disse o vocalista Luiz Cláudio, integrante da banda desde 1969.
Mais antigo do que Luiz Cláudio no conjunto, só o contrabaixista Liebert Ferreira, único remanescente da formação original, de 1965. Na visão dele, pode ser percebida uma renovação do público, mas o destaque fica por conta dos antigos fãs, que não perderam a admiração pela banda com o passar dos anos.te muitos anos. Afinal, 58 anos de carreira é muito tempo. Viemos aqui na época dos grandes bailes, e hoje estamos felizes por participar dessa festa, uma festa com premiação. É uma honra — disse o vocalista Luiz Cláudio, integrante da banda desde 1969.
— A renovação está acontecendo, mas tem um grande pessoal lá do começo querendo cantar e relembrar aquelas músicas... Por isso, a gente tem que tocar os grandes sucessos, senão não tem show — brincou Liebert.
De fato, não faltaram sucessos no repertório, como “Elas por elas” e “Guerra dos sexos”, temas de novelas homônimas da Globo. Além de Luiz Cláudio e Liebert, também participaram do show o guitarrista Rama e o tecladista Cláudio Mendes, bem como o baterista Maurício Borioni, convidado para substituir pontualmente Otávio Henrique.
O 23º Show de Fim de Ano da Folha e a 22ª edição do Troféu Folha Seca tiveram patrocínio de Grupo MPE, Rad Med, Sicoob Fluminense, Unimed Campos e Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro); com apoio de Empresa Brasil, Vacina Plinio Bacelar e Forte Telecom; apoio de mídia da Águas do Paraíba; apoio cultural da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima; e apoio logístico de Palace Hotel, Chicri Cheme, Ponto e Vinho e Rogil Tour. Ao início do evento, uma salva de palmas e um vídeo homenagearam a trajetória do fundador e presidente do Grupo MPE, Renato Abreu, que morreu no final de novembro, aos 77 anos. (M.B.)
 

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