Projeto Geladoteca incentiva leitura na rede municipal de Campos
- Atualizado em 28/11/2022 19:31
Um universo de ideias e de conhecimentos guardados em uma geladeira antiga. Pode parecer estranho, mas um olhar mais atento percebe que o eletrodoméstico, nesse caso, não é só um objeto, é a porta de entrada para muitos alunos da Rede Municipal terem acesso ao conhecimento. É o projeto Geladoteca, que tem sido implantado nas unidades reaproveitando geladeiras que não servem mais para o uso doméstico e transformando-as em “bibliotecas”. Nesse caso, ela armazena outro tipo de alimento: Livros! Na Escola Branca Peçanha Ferreira, Parque Eldorado, o projeto começou em 2018 e foi retomado este ano.
A diretora Neilce Faquer, conta que a ideia nasceu de uma professora que pediu para usar uma geladeira antiga para colocar livros.

“A geladoteca é mais um instrumento pedagógico que conseguimos criar em nossa escola, para estimular a leitura e entretenimento de nossos alunos. A criança sai do espaço da sala de aula e se “alimenta” dos livros escolhidos por eles. Quando ele abre a geladeira e encontra vários tipos de leitura, que vai do gibi a obras de Monteiro Lobato e outros autores renomados da literatura, abre-se o leque de interesse no mundo do aprender”, comenta Neilce.

A diretora declarou que a unidade escolar conta com duas geladotecas. Pintadas com tintas coloridas, uma delas tem escrito na porta “Você tem fome de quê? ”. Para Neilce, o projeto ajuda também na independência das crianças e o que não falta são ideias para melhorar ainda mais a geladoteca e incentivar a criatividade.

“Estamos realizando rodas de conversa com os alunos e incentivando o debate de ideias a partir das histórias que leram. Recebemos este ano vários livros de autores muito bons, que já foram catalogados”, comentou Neilce. A Escola Branca Peçanha tem 1012 alunos, atende do Pré-II ao 5º Ano do Ensino Fundamental e está situada no Parque Eldorado.

A ideia da geladoteca foi aprovada pelos educadores. A professora Mônica Velasco acredita que a criatividade e o “sair do lugar comum” ajudam no processo de ensino-aprendizagem.

“Na minha opinião, projetos como esse fazem toda a diferença para os alunos, pois saem do ambiente de sala de aula e se tornam uma ferramenta de apoio para que o professor possa ajudá-los, de uma forma mais descontraída, a se interessar pela leitura e, consequentemente, a escrita. Em um segundo momento, trazem para a sala de aula um paralelo com o que foi trabalhado e aproveitado no ambiente. Os alunos gostam muito porque têm muitos livros e eles podem escolher e manusear à vontade. O ambiente é agradável, colorido e bonito”, conclui a professora.

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