Agentes da Polícia Civil estiveram na tarde desta quarta-feira (16) na Câmara de Campos para intimar o vereador Maicon Cruz (PSC) sobre a queixa-crime aberta pelo presidente Fábio Ribeiro (PSD) contra o parlamentar do PSC por falsidade ideológica. A acusação é de que Maicon por teria assinado um termo de compromisso de voto em Ribeiro na eleição da Mesa Diretora no último dia 15 de fevereiro.
Na ocasião, Maicon ficou a tarde inteira no gabinete de Fábio, assinando o documento e saindo apenas para o plenário na hora da eleição. No entanto, em um movimento articulado pela oposição, Maicon Cruz acabou votando no líder da oposição Marquinho Bacellar (SD), que chegou a ser proclamado vencedor por 13 votos a 12.
— Nesta tarde, fui convidado para comparecer à 134ª DP para esclarecer a acusação do presidente Fábio Ribeiro, que foi derrotado pelo voto na sessão que iniciou a eleição da Mesa para o próximo biênio. É lamentável ver como a derrota o afetou a ponto de questionar o voto de um vereador que é inviolável, independente de qualquer manifesto de intenção de voto, que não tem validade jurídica. Com os esclarecimentos, se confirmará que nunca houve crime por minha parte, mas que a conduta do presidente, sim, é passiva de sanções — disse Cruz.
Posteriormente, a Mesa Diretora acabou anulando o pleito sob argumento de que Nildo Cardoso (PP) não teria votado, contrariando o regimento interno. Desde então, a oposição tem esvaziado as sessões em protesto. O grupo também entrou com uma ação na Justiça e uma representação no Ministério Público para contestar a decisão.
Insatisfeitos com a decisão da presidência, os oposicionistas também registraram uma queixa-crime contra Fábio Ribeiro por abuso de autoridade e o presidente foi intimido sobre os dois inquéritos no dia 23 de fevereiro.