Com o potencial de produzir, nos próximos cinco anos, mais de 16 GW de energia, Macaé segue a passos largos de se tornar referência nacional em uma nova vertente do mercado offshore: investir na produção do gás para alimentar o déficit elétrico e sustentar a retomada da economia fluminense.

Berço de 11 projetos de Usinas Termelétricas movidas a gás natural produzido nas Bacias de Campos e de Santos, o município que se estabeleceu como a “Capital Nacional do Petróleo” já é reconhecido como “Cidade Energia”, ao viabilizar investimentos que atraem gigantes como Petrobras, Shell, Mitsubishi e Eneva.

Em fase de implantação, o Parque Térmico Sudeste torna-se hoje a principal aposta do prefeito Welberth Rezende para alavancar o Desenvolvimento Econômico da cidade, cumprindo assim uma das principais pautas de sua campanha.

“Eu sempre acreditei que o emprego é o verdadeiro caminho de se garantir dignidade. Por isso, desde o primeiro dia de gestão abrimos o diálogo com o setor empresarial para viabilizar investimentos que se projetam com base a nossa maior vocação: o óleo e gás. O governo atua como um facilitador nos processos que envolvem licenciamento, infraestrutura e logística”, aponta Welberth.

Tento as obras da Usina Termelétrica Marlin Azul como a consolidação do Parque Térmico Sudeste, Macaé pode acreditar que em breve se tornará maior que a Usina Hidrelétrica Itaipu, que possui potência de gerar 14 GW de energia.

“Há um novo ciclo do mercado do petróleo que entende Macaé como o principal polo de investimentos para tornar realidade um segmento essencial para a retomada da economia do Estado e do país. Temos hoje todas as condições favoráveis em promover essa nova marca em nossa história. Somos a cidade sede do maior polo de processamento de gás natural do país e estamos diante da maior infraestrutura de operação e produção offshore. E, agora, estabelecemos condições seguras para que o Parque Térmico Sudeste seja uma realidade”, ressalta o Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Vianna.

Sede do principal polo de processamento de gás natural do Brasil, o Terminal Cabiúnas, Macaé se beneficia de mudanças em legislações federal e estadual que promovem incentivos para tornar este hidrocarboneto uma matéria prima tão interessante e rentável como o óleo bruto.

Com a aprovação da Lei do Gás, que aprimora e facilita a construção de gasodutos e elimina o monopólio da Petrobras sobre as redes já instaladas, e a Lei Estadual que desonera impostos sobre a comercialização do gás natural no Rio de Janeiro, Macaé se tornou atrativa para o desenvolvimento de projetos de Usinas Termelétricas que concorrem a leilões programados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

“Hoje, Macaé tem todas as condições de tornar os projetos de usinas termelétricas competitivos nos leilões da Aneel. Sem dúvidas, a cidade tem um caminho bastante positivo para o setor de transformação do gás natural em energia”, ressalta José Eduardo Carramenha, consultor do Grupo Vale Azul que desenvolveu o projeto da Marlin Azul e desenvolve também a implantação de outras duas termelétricas.

Diante do novo mercado que surge a partir da junção dos esforços entre a iniciativa privada e o poder público, Macaé já prevê também a implantação de um novo “hub do gás”, projeto que une a Eneva, uma das principais empresas de produção de energia do país, e o projeto do Tepor - Terminal Portuário de Macaé desenvolvido pelo Grupo Vale Azul.

Com a expertise da Eneva e a infraestrutura projetada pelo novo Porto, a fusão entre as duas empresas tem como estratégia dobrar a capacidade do município em armazenar, processar e distribuir gás natural barato, produzido pelas principais petrolíferas do mundo, nas Bacias de Campos e de Santos.

“A etapa atual é de viabilizar o projeto que acompanha a nova oferta de gás natural prevista diante do crescimento da produção nas reservas da região. O objetivo é buscar essa molécula do gás, armazenar, processar e distribuir para usinas termelétricas e indústrias que se alimentam do gás como fonte de energia”, destaca Marcelo Cruz, diretor de negócios da Eneva.

Para Fabiano Crespo, diretor do Grupo Vale Azul, a transformação de Macaé em uma referência global no mercado do gás e energia já é uma realidade.

“O nosso trabalho agora é viabilizar esse grande projeto que aproveita todo o potencial de Macaé como referência para o mercado de petróleo, gás e energia nacional e mundial”, destaca.