Setor ceramista se moderniza
15/10/2021 20:04 - Atualizado em 16/10/2021 11:57
Cerâmicas investem em energia solar
Cerâmicas investem em energia solar / Divulgação
Um dos setores mais tradicionais e conservadores da economia campista vem aderindo e investindo alto na energia fotovoltaica – a energia solar: forma mais barata, limpa e autossustentável de manter o maquinário funcionado. De acordo com estimativas do setor, das 120 empresas do ramo em Campos, 40% já fizeram investimentos em painéis solares e caminharam em direção ao futuro.
O empresário e também vereador, Nildo Cardoso, que atua no setor há mais de 30 anos, falou da inauguração da usina de 588 módulos de 450KW, na maior de suas três cerâmicas, a Olhos D’água, em Poço Gordo. Para ele é inevitável, pela economia que a adoção desta energia limpa traz para os empresários, que todos no setor invistam na criação de usinas fotovoltaicas: “O segmento dos ceramistas aderiu de uma forma que não vai ter volta; justamente por conta do benefício”, falou Nildo; que já prepara outras usinas nos telhados dos galpões da NC Cerâmica e da Nova Geração Cerâmica – todas elas pertencentes ao grupo Cardoso.
Meio ambiente — A adesão dos empresários ao uso de energia renovável, agrada especialistas como o eco-historiador Aristides Soffiati. De acordo com alguns deles, 71,5% da conta de energia elétrica sofre redução imediatamente após a instalação das placas de energia fotovoltaica.
— Eu acho que por bem ou mal as pessoas vêm descobrindo a importância desta energia. Eu venho batendo nesta tecla desde os anos 80, diante do desconhecimento e desinteresse por essas fontes de energia alternativa. Agora eu vejo com alegria e satisfação que pelo menos as cerâmicas da Baixada Campista estão se voltando para a energia solar. Usando o sol, que não acaba — comentou Soffiati.
Para o ambientalista a mudança de pensamentos e de energia é uma coisa a ser aplaudida: tanto pelo fato de o ramo dos ceramistas estar poupando lenha quanto por evitar o uso do gás, que é uma fonte de energia poluente – fontes históricas do setor que mais emprega e gera renda na Baixada. “Além disso, com coletores solares, por exemplo, você amortiza os gastos através dos tempos: em pouco menos de cinco anos você já está tendo lucro e utilizando energia limpa”, completa o professor Aristides.
No mercado — Os painéis solares são oferecidos por três empresas distintas em Campos. Duas delas oferecem o produto gerador da energia instalados nos telhados e outra é especializada em instalar os painéis no solo. As prestações dos painéis são pagas com o valor que o comprador já gastava em energia, visto que a redução de custos acontece no mesmo mês em que é concluída a montagem dos painéis, ou seja: se você pagava 100% na energia elétrica, vai pagar apenas 30%. Os 70% restantes vão se direcionar para o pagamento das parcelas dos painéis.

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