Marcão Gomes: Auxílio Brasil a R$ 400
Marcão Gomes - Atualizado em 20/10/2021 14:49
Marcão Gomes é advogado e suplente de deputado federal
Marcão Gomes é advogado e suplente de deputado federal / Divulgação
O presidente Bolsonaro determinou que o Auxílio Brasil, nome dado à nova versão do Bolsa Família, chegue a R$ 400, valor superior aos R$ 300 do auxílio emergencial. O benefício criado para aliviar os efeitos econômicos da pandemia acaba no fim deste mês e a indefinição para o novo programa social aumentou a pressão sobre o ministro Paulo Guedes nos últimos dias.
Em reunião nessa segunda-feira (18), no Palácio do Alvorada, ficou decidido que não haverá prorrogação do auxílio emergencial, o governo também avalia que não é mais possível protelar o lançamento do novo programa.
O governo deve editar uma medida provisória para estabelecer uma parcela adicional e chegar ao valor do ticket pago hoje. Segundo interlocutores do presidente, há espaço no orçamento do Bolsa Família para pagar os R$ 300 neste ano a 17 milhões de pessoas.
O desafio é chegar ao novo valor determinado pelo presidente. Técnicos da Economia agora se debruçam para encontrar uma fonte. Há uma possibilidade grande, segundo auxiliares, de que o custo para aumentar ainda mais o valor do sucessor do Bolsa Família fique fora do teto de gastos, medida rechaçada por Guedes.
Na última reunião, Bolsonaro disse estar ciente dos riscos de furar o teto e de aumentar a inflação disponibilizando mais recursos para o programa social, mas foi incisivo ao determinar que os técnicos cheguem ao valor desejado. A ala política do governo também defende o pagamento de valor maior para o novo programa social. Para o presidente, com inflação de quase 10%, o benefício de R$ 300 é considerado baixo demais. O preço dos combustíveis também foi tema discutido pelos técnicos em reunião no Palácio do Alvorada. O presidente também quer que a equipe econômica dê uma solução para diminuir o preço, em especial, do diesel.
O plano para pagar o auxílio no próximo ano depende ainda da aprovação da reforma do Imposto de Renda, que servirá de fonte de compensação para o novo gasto, além de uma abertura no Orçamento por meio da limitação de gastos com precatórios, que são as dívidas do governo reconhecidas pela Justiça. De acordo com interlocutores da ala política, houve mudança de postura da equipe econômica, que passou a admitir soluções como furar o teto de gastos.
Todos sabem que o país não pode ficar sem um sistema de assistência social reforçado e a ausência de uma iniciativa nesse sentido seria muito prejudicial, pois além da perda de renda dos mais pobres provocada pela pandemia, a aceleração da inflação precisa ser compensada de alguma forma para trazer alívio à população mais vulnerável. Sigamos em frente!!!

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