Dois grupos de trabalhadores fizeram manifestações em frente à sede da Prefeitura de Campos, na tarde desta quinta-feira (18). Com faixas, servidores municipais se concentraram no local para pedir o pagamento de salários atrasados, enquanto rodoviários do transporte coletivo reivindicaram fiscalização para coibir irregularidades no transporte por vans, que tem causado prejuízos ao setor.

Nas redes sociais, a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Campos (Siprosep) Elaine Leão publicou um vídeo cobrando uma solução para o atraso nos salários referentes a fevereiro para 520 servidores.

— Ao todo, 520 servidores ficaram ser o pagamento no mês de fevereiro. Hoje é 18 de março e as pessoas ainda não receberam. Foram várias reuniões, ligações, conversas por WhatsApp mas, infelizmente, não acontece nada. Eu tenho recebido ligações, mensagens e recebido pessoas desesperadas, pessoas com doenças autoimunes, pessoas que estão de licença maternidade, guerreiros que estão dentro do CCC agora de plantão e não receberam. Já não existe mais espaço para diálogo diante de tantas contas atrasadas. Queremos ações, queremos resultados, queremos o pagamento. Queremos soluções hoje — afirmou.

Já os rodoviários reclamam da defasagem dos salários, pedem melhores condições de trabalho e maior fiscalização das vans. Encarregado da empresa São Salvador, Edinei Batista, de 51 anos, falou sobre a dificuldade da categoria.

— Nossos salários estão totalmente defasados e as empresas vivem em uma grande decadência por falta de recursos. As vans fazem o que querem, param na frente dos ônibus, andam lotadas de gente mesmo com a pandemia, deixando os ônibus só com as gratuidades. Algumas empresas demitiram os cobradores, deixando os motoristas nessa função, para tentar manter o serviço. Imagina, um ônibus rodar do Centro até o Farol com apenas 20 passageiros e ainda com o preço do combustível caro — declarou Edinei.

O prefeito Wladimir Garotinho conversou com cinco rodoviários que representavam a categoria e se comprometeu em aumentar a fiscalização ao transporte irregular no município.

— Está sendo estudado pelo Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) um convênio com a Polícia Militar para contratação de policiais, através do Programa Estadual de Integração na Segurança (Proeis), que é um programa onde os militares nas suas folgas irão ajudar na fiscalização. Estamos só aguardando afinar questão de valores e quantitativo de equipes. Nosso objetivo é fiscalizar o transporte irregular na nossa cidade. Queremos que todos trabalhem, mas dentro da legalidade — afirmou.

Ainda de acordo com o Wladimir, as vans só poderão circular com os passageiros sentados, e também será marcada reunião com os proprietários das empresas de ônibus e representantes do transporte alternativo. Wladimir afirmou que, além disso, fiscalizações acontecem em pontos estratégicos do município para coibir o transporte irregular.