O risco de contaminação pelo novo coronavírus e a onda de calor na manhã desta sexta-feira (18) não impactaram o movimento no Boulevard Francisco de Paula Carneiro, o Calçadão, no Centro de Campos. Fazendo 32º, de acordo com o Climatempo, campistas vendem, compram e esperam nas filas dos bancos para sacar o auxílio do governo federal e o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A elevada temperatura ainda torna mais desleixado o uso da máscara, fundamental na contenção do coronavírus, que já matou 514 pessoas no município. 

No Calçadão e áreas centrais, onde o comércio é mais ativo, flagrantes de pessoas sem máscara não são difíceis, apesar de serem minoria. Quem desrespeita as normas de utilização do acessório - uma das principais armas de contenção da disseminação da Covid 19 - utiliza, por vezes, abaixado para conversar, beber, fumar e fugir do calor. São raros os que realmente não usam, na maioria das vezes crianças.  

"É complicado", conta o ambulante Helton Paiva, de 28 anos, no meio do Calçadão. Ele vende vasilhas de plástico e água gelada enquanto explica: "Fica complicado de falar quando você usa a máscara. Temos que chamar a atenção com a voz e o som fica abafado. Ainda tem o calor que está 'rachando' hoje. Mas sempre que vou atender e realizar a venda coloco de volta a máscara".