Pré-candidata a prefeita de Campos, a ex-vereadora e presidente municipal do PT, Odisséia Carvalho, disse em entrevista à primeira edição do Folha no Ar desta segunda-feira (22), na Folha FM 98,3, considerar necessário um ajuste fiscal na Prefeitura, porém de formas diferentes das adotadas pelo atual prefeito Rafael Diniz (Cidadania).
— A questão do ajuste fiscal é uma coisa interessante, que vai ter que ser feita, mas não nos moldes do governo Rafael Diniz, que a gente considera, que é um governo liberal. Temos que fazer um ajuste fiscal preservando os serviços essenciais e as políticas necessárias para a população. Por isso, tem que fazer um fortalecimento do setor de obras, lojista, do comércio, investimento público... Para mim, é a única saída para a manutenção dos empregos na nossa cidade — afirmou Odisséia, respondendo a questionamento via WhatsApp do estudante de direito Marco Alexandre Gonçalves. — Para que houvesse um corte não em programas sociais, não na população mais carente, teria que enxugar a máquina. A primeira coisa é isso: enxugar a máquina, a estrutura de cargos, de secretarias, de cargos comissionados... Teria que conversar com os lojistas, com a população — pontuou a pré-candidata a prefeita.
Educadora, Odisséia usou como uma das alternativas uma aproximação com projetos de extensão realizados em universidades.
— Não existe esse trabalho de integração com a extensão da universidade, dos seus conhecimentos construídos, pesquisas e conhecimentos, para que ajude a Prefeitura a sair do caos em que se encontra. Nós precisamos fazer esse trabalho, e não foi feito. No governo Rafael Diniz, não foi feito — disse a entrevistada.
Entre análises dos últimos presidentes da República, com críticas contundentes ao atual presidente, Jair Bolsonaro, Odisséia abordou questões econômicas especialmente do governo Dilma Roussef, considerando ter faltado habilidade de negociação no período de crise econômica.
— Quando a Dilma assume a presidência, nós estávamos com uma forte recessão econômica social. É inegável isso, o que acabou atingindo também a economia nacional. Para reverter essa crise, me lembro muito bem que houve investimento na infraestrutura do país. Tivemos o Programa de Aceleração do Crescimento, que foi o PAC 2, em pleno 2011. As taxas de juros foram reduzidas, facilitando os créditos para conter a crise econômica. Ou seja, teve uma tentativa de amenizar a situação da crise em que estávamos enfrentando dentro do país. Lógico que a pauta econômica mexe com os interesses, e aí ela acaba não tendo habilidade para poder estar trabalhando junto ao Congresso — avaliou.