Um dos Cortes (Blend, assemblage) mais famoso no mundo do vinho é o bordalês, nome que se dá à combinação de uvas que entram na composição dos vinhos produzidos nas denominações de origem da região de Bordeaux, na França, onde são elaborados alguns dos mais prestigiados e caros vinhos do mundo.
As seis variedades permitidas são: Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Petit Verdot, Carmenére e Malbec que são mescladas a fim de se obter a melhor expressão de tipicidade e terroir da região.
Já vimos 5 delas aqui no Blog: Cabernet Sauvignon, Merlot, Cabernet Franc, Carmenére e a Malbec. Hoje vamos ver a última das famosas de Bordeaux a Petit Verdot.
A Uva
A Petit Verdot é uma uva que originalmente era cultivada na região de Bordeaux sendo pouco conhecida, mas a chance de você já ter tomado um vinho elaborado com essa uva é grande! A Petit Verdot é usada, historicamente, como parte de blends para vinhos principalmente na região francesa de Medoc,
Pouco se sabe a respeito da origem dessa variedade. Acredita-se que tenha sido uma das primeiras uvas originalmente plantadas pelos romanos na região de Bordeaux, antecedendo até mesmo à Cabernet Sauvignon, ela era uma das uvas mais populares até o século XVIII, quando uma grande surto de Filoxera devastou as regiões vinícolas da França.
O nome, Petit Verdot, faz referência aos cachos pequenos, e também a presença das uvas verdes misturadas às roxas, um dos problemas dessa variedade é o não desenvolvimento dos seus frutos no tempo adequado, porque essa variedade tem amadurecimento tardio.
Por outro lado, países com climas mais quentes deram uma segunda chance para essa variedade. Assim, Argentina, Chile, Estados Unidos (Califórnia), Itália e a Espanha mostraram um vinho diferente feito com a Petit Verdot que amadureceu melhor por causa das condições climáticas.
Réplicas Google
Um exemplo dos excelentes vinhos que estão sendo produzidos vem da Itália, especificamente da Sicília, região com clima bem mais quente que Bordeaux.
Nos blends é usada para dar estrutura e cor ao vinho de corte, conferindo maior potência, mais estrutura e mais força ao vinho. Ao agregar a Petit Verdot ao corte, o produtor faz com que seu vinho fique mais encorpado.
Os vinhos feitos com aPetit Verdot possuem coloração bem intensa, são densos e apresentam um marcante aroma de fruta madura e toques florais. Seu paladar é carregado de personalidade e potência. Normalmente quando é novo ele tem um aroma que lembra um pouco bananas, porem quando se torna maduro ele ganha um coloração de vinho forte.
Devido a potência e robustez para harmonizar os rótulos de Petit Verdot sugerimos pratos marcantes, como vitela, cordeiro grelhado e outras carnes intensas, queijos grana padano, pecorino ou um gouda defumado.
A Vinícola
A Vinícola Valmarino foi fundada em 1997 pelo enólogo Orval Salton, membro da terceira geração da família Salton, que preservou a tradição de cultivo e elaboração de vinhos desde a chegada do patriarca da família em Bento Gonçalves, no ano de 1878. O nome da vinícola é uma homenagem aos antepassados imigrantes provenientes da comuna italiana Cison di Valmarino, localizada na região do Vêneto.
Com vinhedos em uma altitude média de 700 metros que dão origem a produtos premiados nacional e internacionalmente a Valmarino cultiva atualmente 20 ha de vinhedos com 14 variedades viníferas diferentes e elabora 200 mil litros de vinhos finos e espumantes.
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A Vinícola está aberta para visitação que compreende uma degustação orientada ao qual o turista pode optar por degustar produtos distintos ou em sequência determinada pela carta de degustação, também pode ser realizada uma visita técnica aos vinhedos localizados em frente à vinícola e às instalações de produção, conforme agendamento prévio. Esta visita e degustação geralmente é acompanhada pelos proprietários ou pelo enólogo da empresa, de acordo com a sua disponibilidade.
Valmarino Petit, Verdot 2017
Visão: é um vinho tinto de coloração rubi-violácea intensa e de aspecto brilhante.
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Aroma apresenta notas de frutas negras, ameixas, banana, toque herbáceos, notas de baunilha devido a passagem por carvalho.
No paladar apresenta acidez equilibrada com os taninos que são macios, retrogosto persistente e apresenta final de boca longo e muito agradável.
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Estágio: 12 meses em barricas de carvalho americano de 2º uso
Temperatura de Serviço: 18 a 20°C
Harmonização: Acompanha bem massas ao molho pesto e à bolonhesa. Ideal ao acompanhamento de carnes como: filé à milanesa, cordeiro ao vinho, carne assada e filé à parmegiana. Com grelhados combina bem com maminha.
Com queijos harmoniza com os semiduros tipo Gouda, para pizzas é ideal para o tipo calabresa e de palmito. Também vai bem com sopa de mandioquinha, torradinhas de orégano, empanadas e pastel de carne.
