Arquiteto Victor Aquino fala no Folha no Ar sobre o HGG
26/11/2019 07:47 - Atualizado em 28/11/2019 15:42
O arquiteto campista Victor Aquino, que atualmente é o superintendente Portuário e Industrial do governo Carla Machado (PP), em São João da Barra, e foi o autor do projeto do Hospital Geral de Guarus, em Campos, falou, no Folha no Ar 1ª edição, da Folha FM 98,3, nesta terça-feira (26), sobre a unidade que sofre há anos com infiltração da água da chuva. Há cerca de uma semana, o problema causou a interdição de sete setores do hospital, que interrompeu seu atendimento clínico. Ele atribui a situação a uma modificação realizada no prédio para instalação de um sistema de ar condicionado, ainda nos primeiros anos de funcionamento do hospital. “A laje do HGG virou um queijo suíço”, afirmou.
Em nota, a superintendência do Hospital Geral de Guarus informou "que a Defesa Civil interditou uma enfermaria da Clínica Médica. Os repousos da emergência ainda estão sendo avaliados pois apresentaram vazamento, assim como o quarto dos médicos do CTI. O ambulatório está funcionando normalmente nesta semana. As obras do Centro Cirúrgico e do CME já devem começar na próxima semana".
— O HGG começou a funcionar e não vazava uma gota d’água. Só que quiseram mudar o sistema de ar-condicionado e eu não quero ser leviano em dizer se ainda era Arnaldo, se já era Mocaiber, se foi Rosinha. Eu não quero cometer esse erro. Alguns anos depois trocaram o sistema de ar-condicionado. Se você for lá hoje, tem uma série de casinhas em cima dos pavilhões do HGG. E começaram a rasgar essa laje impermeabilizada com dutos e com tubos para descer o ar-condicionado. A laje virou um queijo-suíço, todo cheio de furos. A partir daí, nunca mais deixou de vazar — defendeu o arquiteto.
Ele afirmou que durante a elaboração do projeto, uma empresa do Rio foi contratada para fazer todos os projetos auxiliares: elétrico, hidráulico, sanitário, entre outros. Já a parte de impermeabilização foi realizada pela a empresa do então presidente da Associação Brasileira de Impermeabilização, que tinha escritório em Niterói. “É muito comum em obras residenciais, colocar uma manta, passar um maçarico, mas não foi isso. Foi feita uma manta ardosiada, caríssima, que era usada nos principais shoppings do Rio de Janeiro. E funcionava, nunca vazou. É um erro dizer que laje impermeabilizada vaza. Se vazasse, caixa d’água vazaria. O problema é quando ela é mal feita. A impermeabilização funciona desde que seja bem feita”, completou.
Vitor contou que em 2017 voltou à unidade a convite do atual secretário de obras, Cledson Bittencourt, e chorou diante da situação da unidade. Apesar disso, afirmou que considera o hospital como um filho e se orgulha.
— Esse projeto foi apresentado em 1999 e chegou a ser premiado no Congresso Internacional de Engenharia e Arquitetura Hospitalar em São Paulo, em 2001, onde eles escolhem 20 projetos na América Latina. Então, foi um projeto muito importante para mim, como arquiteto, e para a cidade por ter feito um hospital em um local carente. Anos depois, eu recebi um comunicado de uma arquiteta de Santa Catarina, que estava elaborando um caderno de estrutura sustentável para Eletrobrás e o Instituto dos Arquitetos do Brasil, e pediu que a gente mandasse dados do projeto e fotos para ela. Escolheram dez projetos no Brasil e o HGG foi escolhido por eficiência energética. Todos os corredores do HGG tem iluminação natural, tem ventilação natural no ambulatório. Era um hospital acessível — contou Vitor Aquino.
 
 
Confira a entrevista:

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