Trabalhadores de prestadoras do Porto do Açu realizam manifestação
Paulo Renato Porto 13/11/2019 21:21 - Atualizado em 16/11/2019 12:22
Milhares de trabalhadores de duas empresas prestadoras de serviço no Porto do Açu realizaram nesta quarta-feira (13) mais uma manifestação. O ato foi concentrado na estrada de acesso ao porto, no 5º Distrito de São João da Barra. Por trás do movimento, uma disputa sindical. Nesta quarta, o Tribunal Regional do Trabalho (1ª região), através do desembargador César Marques Carvalho, determinou o cumprimento de liminar pelo Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Montagem e Manutenção Industrial de Itaboraí e São João da Barra, no sentido de que se abstenha de promover a atual paralisação junto aos trabalhadores, com retorno imediato ao trabalho, sob pena de multa, no valor de R$ 30 mil por dia.
O sindicato estaria invadindo área de competência operacional do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Campos e do Mobiliário, Ladrilhos, Artefatos de Cimento, Mármores e Granitos, de Cerâmica, Carpintarias, de Estradas, Pontes e Canais de Campos, Norte/ Noroeste do Estado (Sitconcimo).
— O sindicato de Itaboraí está induzindo os trabalhadores ao erro. Essa greve é ilegal, declarada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) no Rio, confirmando decisão da 3ª Vara de Campos. O sindicato de Itaboraí não tem legitimidade para representar os trabalhadores — disse José Eulálio, presidente do Sitconcimo.
Os trabalhadores reivindicam alguns direitos trabalhistas, plano de saúde, folga de campo e alojamentos para os trabalhadores que possuem endereços fora da região. “Houve trabalhadores que assinaram acordo com as empresas, outros não foram contemplados, mas as partes não contempladas estão em negociação. Essa greve é uma questão política”, afirmou Eulálio.
As duas empresas empregam 4,8 mil trabalhadores no porto. A manifestação começou logo que o dia amanheceu e a Polícia Militar foi acionada para garantir a ordem no local. Segundo os empregados, estão ocorrendo demissões em massa sem que as empresas efetuem o pagamento dos direitos trabalhistas.
As empresas Andrade Gutierrez e a Acciona, disseram, por meio de nota, que seguem trabalhando para normalizar a situação dos trabalhadores na obra em que atuam dentro do Porto do Açu. A nota diz ainda, que “as companhias reiteram ainda o seu compromisso com o cumprimento da legislação trabalhista e também no respeito com seus colaboradores e com a sociedade”. 
 
 
 
 

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