Um convênio entre o Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho e a Câmara Municipal de Campos vai permitir a restauração dos nove primeiros exemplares do jornal Monitor Campista, que circulou de 1834 a 2009. O anúncio será feito oficialmente nesta sexta-feira (8), durante a abertura da exposição “Semana Monitor Campista”, no foyer da Câmara, às 17h. O evento faz parte da programação do 3º Festival Doces Palavras (FDP), realizado e organizado pela Associação de Imprensa Campista (AIC) e Academia Campista de Letras (ACL).
Pelo convênio, segundo a diretora do Arquivo Público, Rafaela Machado, a instituição ficará encarregada do trabalho técnico, enquanto a Câmara, responsável legal pelo acervo, vai financiar o custo com a contratação do profissional de digitalização, equipamentos e materiais de restauração. Os nove primeiros exemplares do jornal, publicado à época duas vezes por semana, em 1834, ainda como “O Campista”, foram impressos em papel trapo.
— Depois desses nove primeiros, ele passou a ser feito em papel jornal. Os exemplares estão bem deteriorados, mas devido à qualidade do papel, vai dar para restaurar bem. Serão dois restauradores do Arquivo envolvidos no trabalho, mais o profissional para digitalizar o material restaurado, para que seja disponibilizado ao público também na internet. Além do material para a restauração, o de digitalização inclui um scanner e um computador — esclarece Rafaela.
Ainda segundo a diretora do Arquivo, o importante é que a população tenha acesso à parte da história do município. Enquanto circulou, o Monitor Campista foi o terceiro jornal mais antigo do país.
— A grande importância desse trabalho é que, finalmente, iremos restaurar parte da memória da imprensa do Brasil. Quando falamos sobre restauração do Monitor Campista, não estamos nos referindo a apenas um jornal, mas sobre a preservação de um dos jornais mais antigos e mais importantes do país. Dessa forma, estaremos colaborando para preservar parte da história da imprensa nacional — acrescenta Rafaela.
O presidente da Câmara, Fred Machado, também destacou a importância da união entre o Legislativo e o Arquivo Público. “O Monitor Campista é de uma importância imensurável, pois guarda a história do nosso município e também do país. Esse convênio vai permitir a restauração das primeiras edições, que serão disponibilizadas para pesquisadores de todo o mundo. Dessa forma, a Câmara cumpre seu papel na preservação do patrimônio, da história e da cultura campista”, concluiu.