Neste sábado (20), o Norte Fluminense Transplante (NF-Transplante), por meio da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), vinculado ao Hospital Ferreira Machado (HFM), fez a quinta captação de órgãos em cinco meses. O doador tinha 56 anos e teve morte encefálica, sendo retirados córneas, rins e fígado.

A retirada de órgãos não depende do hospital, mas do doador, que deve tomar a decisão ainda em vida e anunciá-la aos seus familiares, ou por autorização da própria família. Segundo o coordenador do NF-Transplante, o médico Luiz Eduardo Castro, a doação foi sugerida pela equipe médica e a decisão foi tomada pelos familiares da vítima.

— A família autorizou. Conversamos com a ex-esposa e filhos da vítima sobre a possibilidade e eles concordaram com a doação. É uma situação que deve ser conversada no meio familiar, para quando acontecer um caso de morte encefálica, ter a possibilidade de doação — afirmou.

O NF-Transplante fez a segunda captação em menos de dois meses. Números relevantes, segundo o coordenador. “É um desempenho bastante razoável. As pessoas estão compreendendo mais a questão da doação e as equipes estão participando muito mais ativamente. Esperamos que continue desta forma, já que muitas pessoas estão aguardando em fila de espera”, disse.

O Norte Fluminense Transplante é pioneiro nas ações e procedimentos pró-transplantes no interior do estado do Rio de Janeiro, junto ao Programa Rio Transplantes. Enfermeiros e profissionais do Bloco cirúrgico do HFM participaram do procedimento, que foi feito em conjunto com o Programa Estadual.