Vereador de SFI consegue HC
21/02/2019 20:58 - Atualizado em 28/02/2019 14:11
Paulo Veiga/ InterTv
Preso desde o último dia 12, o vereador de São Francisco de Itabapoana, Jarédio Azevedo (SD), conseguiu Habeas corpus (HC) na 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) do Estado do Rio de Janeiro. A previsão é que ele seja solto nesta sexta-feira, já que ontem não houve tempo hábil para fazer o sarqueamento — verificação dos antecedentes criminais. Jarédio é acusado de coação de testemunhas no processo em que o irmão dele — Mateus Barreto de Azevedo — é réu por homicídio.
O HC foi deferido pelo desembargador do TJ, Sidney Rosa da Silva, que impôs ao parlamentar outras medidas restritivas. De acordo com o desembargador, o magistrado de “primeiro grau não analisou a possibilidade de aplicação de medidas cautelares”. O desembargador determinou a liberdade provisória do vereador, além da imposição a Jarédio da proibição de “manter qualquer contato com as testemunhas, seja de forma direta ou indireta por interpostas pessoas, devendo manter-se afastado delas e de seus parentes a uma distância mínima de 200 metros, sob pena de revogação imediata da presente decisão (liberdade provisória)”.
Jarédio e mais um réu — identificado inicialmente como ex-assessor parlamentar, mas que a defesa nega — foram presos no fim da tarde do último dia 12 e encaminhados à 134ª Delegacia de Polícia (Centro). Na manhã seguinte, eles foram levados para o presídio Carlos Tinoco da Fonseca.
Como a coluna Ponto Final abordou na edição desta quarta-feira da Folha da Manhã, a Câmara de SFI nem chegou a analisar a situação do parlamentar enquanto esteve preso, nem houve posicionamento público do presidente da Legislativo, Maxsuel Cocoia (Patri).
A prisão preventiva do vereador foi decretada pelo juiz de SFI, Alexandre Rodrigues de Oliveira.
A decisão tem relação com o processo no qual Mateus Barreto Azevedo, irmão de Jarédio, é acusado pelo homicídio de Sérgio Roberto Balbino de Souza, que foi assassinado no final de setembro de 2016, nas proximidades de um comício, na área central do município. Mateus continua preso. De acordo com a decisão judicial, “há fortes indícios de que os denunciados tentaram coagir e subornar as testemunhas do processo”.
Esta não foi a primeira vez que Jarédio teve a prisão decretada. Ano passado, o mesmo juiz determinou que o parlamentar fosse preso, mas em processo da Justiça Eleitoral, no qual ele é acusado de compra de votos e falsificação de documentos na prestação de contas da campanha de 2016. No entanto, a medida restritiva — entre outras, como o afastamento do cargo de vereador — foi revertida antes do cumprimento do mandado. (S.M.) (A.N.A.)
 

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