Sem salários, jogadores do Goyta se recusam a treinar
Paulo Renato Pinto Porto 15/02/2019 19:50 - Atualizado em 18/02/2019 15:28
Isaias Fernandes
A crise no Goytacaz chegou ao seu ápice. Nesta sexta-feira (15), às vésperas do jogo decisivo contra o Macaé, segunda-feira (18) à noite, no Aryzão, jogadores se recusaram a treinar em razão de salários em atraso. No início da noite, o elenco foi chamado para participar de uma reunião no vestiário com o técnico Flávio Lopes, mas os atletas não obtiveram resposta dos dirigentes quanto às pendências financeiras.
Os jogadores reclamam de um canal de comunicação. Há três dias que o presidente do clube, Dartagnan Fernandes, não comparece ao clube, por problemas de saúde.
Os problemas financeiros do clube se agravaram a partir do bloqueio de parte do da cota de transmissão da TV Globo, em razão de dívidas trabalhistas. A verba foi repassada pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj), que também descontou R$ 150 mil, em razão de dívidas do clube com a entidade.
O empresário Flávio Trivella, que controlava o futebol do clube, também retirou uma parte desta verba, alegando que precisava reembolsar sua empresa pelos gastos com o futebol alvianil. A esta altura, a diretoria estaria rompida com o investidor. “Ele não vem mais aqui. Se aborreceu com a diretoria”, revelou um dos jogadores do empresário.
Os problemas financeiros se acumulam com uma divisão entre os jogadores. Ontem, enquanto alguns atletas conversavam do lado de fora do campo, outros que tinham vínculo com a empresa de Trivella davam voltas em torno do campo, casos de Douglas e Yan, entre outros.
Nesta sexta, um dos mais revoltados era Ualdo Tavares, ex-jogador e técnico das divisões de base, uma espécie de “faz-tudo” no clube.
—Montei o sub-20, o sub-17, ajudo o Jadir (funcionário) a preparar o campo. Se não tem ninguém pra fazer, eu faço. Mas não posso aceitar isso. Estou em atraso com o aluguel do meu apartamento, há jogadores e funcionários que estão passando dificuldades, recebendo cestas básicas de amigos — disse
O coordenador de futebol, Paulo Henrique, com quatro meses de salários em atraso, admite que está de saída. “Não sei se vou continuar. Está muito difícil. Nunca vi o Goytacaz numa situação com esta”, afirmou.
O conselheiro Paulo César defendeu uma reunião de emergência do Conselho Deliberativo para buscar uma saída.
 
 

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