Acusado de fraude, deputado eleito passa quinto dia na cadeia
Aldir Sales 03/12/2018 21:31 - Atualizado em 06/12/2018 15:49
O deputado estadual eleito e ex-prefeito de Silva Jardim Wanderson Gimenes Alexandre (SD) e o presidente da Câmara de Vereadores do município, Roni Pereira da Silva (SD), completam nesta terça-feira (4) o quinto dia presos. Os dois foram alvos de uma operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil e são acusados de fraude em licitações. A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), no entanto, não informou em qual unidade os dois estão.
Wanderson foi eleito prefeito de Silva Jardim em 2016, mas se licenciou do cargo para disputar a eleição para deputado estadual neste ano, quando recebeu 25.384 votos e conquistou um posto na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) a partir de 2019. Empresário do ramo de farmácias, Wanderson Alexandre é o sexto deputado estadual eleito em outubro que está atrás das grades. No início de novembro, a Polícia Federal prendeu André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinícius Neskau (PTB) na operação Furna da Onça. Eles são acusados de receber um “mensalinho” de até R$ 200 mil e de lotearem politicamente cargos do Detran. Também foram alvos da operação outros atuais cinco deputados, mas que não continuarão na Alerj no ano que vem.
Segundo a denúncia, Wanderson e Roni teriam montado uma organização criminosa voltada para esquema de arrecadação de vantagens ilícitas, a partir do pedido de propina para empresários em troca da celebração de contratos com o município, por meio de fraudes em processos de licitação.
As investigações sobre o caso tiveram por base acordo de delação premiada. Segundo o MPRJ, as doações ilegais seriam feitas mediante o compromisso de que, caso eleitos, os prefeitos garantiriam a contratação de empresa específica para a prestação dos serviços de iluminação pública ou, eventualmente, de implementação de som e iluminação em eventos municipais. A promotoria diz, ainda, que, no caso de Silva Jardim, Wanderson, em razão do exercício da função de prefeito teria solicitado a uma empresa a quantia de R$ 150 mil, além de um repasse de 10% do total de cada nota fiscal que viesse a ser emitida após sua contratação, o que teria acontecido.
Além de Wanderson e Roni, a Justiça também decretou a prisão do assessor-chefe do gabinete do ex-prefeito e um membro da equipe de licitação da Prefeitura.
A equipe de reportagem não conseguiu contato com a defesa dos acusados.

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