Obra de Geraldo Pereira vista através do cinema
Celso Cordeiro Filho 14/12/2018 11:43 - Atualizado em 17/12/2018 15:11
Rodrigo Silveira
Ao apresentar o filme “Geraldo Pereira — O Rei do Samba”, nesta quarta-feira (12), no Cineclube Goitacá, o professor e pesquisador de cultura popular, Marcelo Sampaio, explicou que no ano do centenário de nascimento do sambista “seria um crime de lesa-cultura não apresentar o filme que mostra sua trajetória. Embora faça algumas restrições à sua concepção, o importante é que faz um registro histórico que todos precisam conhecer. Daí ter decidido apresentar aqui no Cineclube Goitacá”.
Numa biografia sintética, Geraldo Pereira é natural de Juiz de Fora (Minas Gerais), tendo nascido no dia 23 de abril de 1918. Ainda criança mudou-se para o Rio de Janeiro, onde desenvolveria a carreira de sambista. Frequentador da zona boêmia da Lapa, foi parceiro de grandes nomes do samba, como o campista Wilson Batista, e o lendário Moreira da Silva, figura que personificava a malandragem carioca. “Importante destacar que Geraldo era um cronista do cotidiano, pois suas letras mostravam coisas simples do dia a dia. Minas não tem mar, mas tem samba. Basta citar seus conterrâneos Ataulfo Alves e Ary Barroso. Compôs mais de 100 músicas, destacando-se ‘Sem Compromisso’, que foi gravada inclusive por Chico Buarque de Hollanda”, acrescentou.
Sendo negro, pobre e muito envolvido com religiões de matrizes africanas, Marcelo acredita que esses fatos tenham influenciado para que sua obra não se tornasse mais conhecida. “Por ironia da vida acabou morrendo em consequência de uma briga com Madame Satã, homossexual destemido que frequentava a Lapa. Levou um soco e caiu com a cabeça na chão, indo em seguida para o hospital de onde não sairia mais”, explicou. É autor de sucessos como “Falsa Baiana”, “Etelvina” e “Escurinho”, entre outros. (C.C.F.)

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