Movimento faz ato neste domingo em Atafona
Victor de Azevedo 16/11/2018 20:15 - Atualizado em 19/11/2018 15:02
Enquanto o mar avança e causa destruição em Atafona, os movimentos sociais continuam na luta para alertar as autoridades sobre a importância de proteger o que ainda restou da mais conhecida praia de São João da Barra. Neste domingo, o grupo “Luta por Atafona” vai realizar mais uma ação, o “Abraça Atafona”, a partir das 9h.
Segundo um dos organizadores do evento, Fábio Pedra, o protesto será pelos 50 anos de descaso das autoridades em relação à situação de Atafona. “Daremos um grande abraço simbólico em nossa praia, em protesto ao abandono que vive nosso lugar. São mais de 50 anos de destruição e nenhuma solução. Vamos sair da praça Nossa Senhora da Penha em direção as ruínas do antigo prédio do Julinho, às 9h”, ressaltou.
Em busca de apoio para o projeto de contenção do avanço do mar, mobilizações populares ganharam força no ano passado. Os movimentos “Atafona Resiste” e “SOS Atafona” realizaram reuniões e ganharam as ruas com manifestações, ganhando apoio da Prefeitura. Protestos foram realizados no ano passado — no carnaval, dia da Cidade e na procissão fluvial do padroeiro. No dia da Cidade, políticos “vestiram a camisa” do movimento, criaram um abaixo-assinado digital e recolheram assinaturas na praça do padroeiro São João Batista. Este ano, no dia do trabalhador, mais um grupo foi criado, o “Luto por Atafona”.
O avanço do mar preocupa moradores de Atafona desde o final da década de 50. Em 17 de fevereiro de 1959, o extinto jornal campista Folha do Povo cobrava em sua primeira página “um ‘espigão’, com pedras, paralelo à costa, da foz do Paraíba (...) para a preservação do belíssimo recanto do Pontal”. Um projeto para contenção do mar em Atafona foi apresentado em 2014 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH) ao então prefeito de São João da Barra, José Amaro Martins de Souza, Neco. Desde então, o antigo prefeito e a atual chefe do Executivo, Carla Machado iniciaram uma luta para levantar recursos para a realização da obra, haja vista, que ambos afirmam que apenas município não tem condições de arcar com os custos. Autoridades já aventaram orçamentos que variam de R$ 150 a R$ 220 milhões, mas nenhuma cotação oficial foi feita.
A Prefeitura de São João da Barra estima que o valor da obra seja de R$ 180 milhões, embora ainda não tenha sido licitada. E informa que o município não tem condições de realizá-la, mas “busca apoio junto às esferas estadual e federal, até mesmo pelo fato da costa brasileira ser de responsabilidade da União”.

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