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Homens e máquinas movimentam há várias semanas a área da antiga Central Estadual de Abastecimento (Ceasa), em Guarus, no processo de recuperação do espaço, que será transformado no Polo Agroalimentar do Norte e Noroeste Fluminense. Os trabalhos acontecem justamente quando a Justiça “bateu o martelo” sobre a desapropriação pela Prefeitura da área de mais de 20 hectares, finalizando o processo iniciado há mais de 40 anos.
— A recuperação da antiga Ceasa, agora como Polo Agroalimentar, vai ser um enorme passo no projeto “Campos para além dos Royalties”, do prefeito Rafael Diniz. Será um grande centro de chegada e saída de alimentos produzidos em Campos e municípios ao redor, em um raio de mais de 200 quilômetros, abrangendo partes da Região dos Lagos, Região Serrana, Norte e Noroeste Fluminense, Zona da Mata de Minas Gerais e Sul do Espírito Santo. O consumo de alimentos só cresce em todo o mundo e temos que aproveitar esse mercado em expansão — observa o superintendente de Agricultura e Pecuária, Nildo Cardoso.
Na antiga área coberta, o espaço está sendo ampliado em relação ao utilizado na época da antiga Ceasa, desativada há mais de 20 anos. O espaço de 65m de comprimento por 20m de largura está sendo ampliado para 115m por 20m, aumentando a área de 1.300m² para 2.300², ou seja, quase o dobro do anterior.
— Estamos fazendo uma reforma geral, retirando velhas instalações da área e abrindo novos espaços. Vamos ter como receber produtores de toda a região, além dos nossos, especialmente os representantes da agricultura familiar, os pequenos e os médios produtores. Toda a estrutura metálica e a cobertura também serão recuperadas. E para revitalizar a área, vamos reformar e construir novos banheiros, cozinhas, lanchonetes, restaurante, terminais bancários, enfim, toda a estrutura para atender quem chega com sua mercadoria e levar outros itens — acrescenta Nildo.
Ainda segundo o superintendente, máquinas estão preparando uma grande área no entorno do espaço coberto e galpões, arrancando velhos troncos de árvores e nivelando o terreno. “Nessa área, vamos preparar o espaço para circulação de caminhões e outros veículos que chegarão para descarregar e carregar, bem como nova área de estacionamento para os compradores de produtos”, acrescenta Nildo.
Espaço foi ainda desapropriado pela justiça
Em meio ao intenso ritmo de trabalho para recuperar o espaço da antiga Ceasa, acaba de ser finalizada a desapropriação da área total de 22 hectares, onde foram construídas as instalações da velha central de abastecimento. O processo foi iniciado há 41 anos, em 1977 e, em 2011, o imóvel foi quitado. “Agora, com a finalização do processo, toda a área passa a ser oficialmente de propriedade do município, encerrando essa briga jurídica de mais de 40 anos com os herdeiros do antigo proprietário. A escritura definitiva sai nos próximos dias, dando ao município toda a segurança para seguir em frente com o projeto”, conclui Nildo Cardoso.
Terreno — No início do mês a Prefeitura obteve a reintegração de posse de um terreno de 87.551,13 m2, na localidade de Baixa Grande, que era ocupado desde 2004 pela Duvêneto Indústria de Alimentos Ltda. A Duvêneto construiu no terreno uma fábrica de macarrão e biscoito, utilizando recursos do Fundecam, mas fechou as portas sem pagar a dívida, que, em valores atualizados, chega a R$ 95 milhões.
A reintegração da área foi concedida pelo juiz titular da 4ª Vara Cível de Campos, Rubens Soares Sá Viana Júnior.
Além do dinheiro, outros pertences foram roubados da casa do empresário, que é do ramo da construção civil, como joias, celulares e até pássaro; suspeitos ainda não foram identificados pela Polícia