Bailarina com deficiência física precisa de ajuda para representar Campos nos EUA
07/11/2018 21:33 - Atualizado em 09/11/2018 15:25
Superar desafios tem sido constante na vida da bailarina Andréia Marcolino, de 32 anos. Vítima de um acidente em 2011, que a deixou com deficiências físicas, ela reencontrou na dança uma forma de seguir em frente. Agora, ela tem mais um desafio: conseguir arrecadar recursos suficientes para participar do All Dance World 2018, que acontece em Orlando, nos Estados Unidos da América (EUA). A vaga para a competição internacional de dança foi conquistada após ela alcançar o 1º lugar na categoria profissional do All Dance Brazil 2018, que ocorreu no Brisa Barra Hotel, Rio de Janeiro, em abril, concorrendo com artistas brasileiros e da América Latina. Nesta quarta-feira (07), a bailarina esteve no gabinete do vereador e presidente na Câmara da Comissão dos Direitos das Pessoas com Deficiência, Jorginho Virgilio (PRP), onde falou um pouco da sua trajetória e pediu ajuda para conseguir o que falta do dinheiro para a viagem.
Andréia é a única campista a conseguir quebrar o recorde, como a primeira pessoa com deficiência física a participar desse evento mundialmente e conseguir se classificar em primeiro lugar. Ela também conseguiu vaga para a competição no Panamá, que ocorreu no mês passado, mas não pôde ir por conta da falta de recursos. Para o evento dos EUA, Andréia já conseguiu com seu trabalho como professora e psicopedagoga boa parte dos recursos, mas ainda estão faltando 675 dólares, cerca de R$ 2.600,00. Quem quiser contribuir pode fazer qualquer depósito na conta em nome de Andréia Araújo Marcolino, número 42794-8, agência 0463, do banco Itaú.
A viagem dela está marcada para sexta-feira, dia 16 deste mês, e até lá ela espera contar com ajuda de toda a sociedade para conseguir o dinheiro que falta. No All Bance Brazil, a bailarina alcançou o 1º lugar na modalidade contemporânea profissional com a coreografia "O desejo de recomeçar com limitações", que foi montada por ela de acordo com sua história de vida. Para representar o Brasil na competição em Orlando, Andréia vai levar três coreografias em modalidades diferentes. Na contemporânea, ela vai apresentar "O desejo de recomeçar através das limitações; No show, dança que usa duas técnicas: coreografia - superação (música Brasileirinho), "Nosso marco brasileiro"; Na modalidade ballet clássico, ela vai apresentar o "Lago dos Cisne _ A morte dos cisne" (dança adaptada).
"Antes desse evento, participei em 2017 de outros e fui classificada no show de talentos do IFF de São João da Barra, em 1º lugar, fiquei em 3º lugar no concurso de dança e Petrópolis. Depois que fui classificada no All Dance e vi o quanto estava no caminho certo, continuei treinando e competindo em outros eventos. No São Paulo Aplauso Festival de Dança fiquei em 3º lugar este ano. Também tirei a mesma colocação no Concurso Internacional de Dança de Cabo Frio de 2018, competindo com vários países", destacou Andréia, que foi também a única campista a participar da abertura das últimas paralimpíadas.
O vereador Jorginho Virgilio ressaltou o quanto é importante exemplos de vida como o de Andréia. "A história dela é linda e inspira a todos nós. Além de ser um exemplo, ela ainda leva o nome da nossa cidade por onde passa participando de competições. Todos nós devemos apoiar iniciativas como a dela", destacou.
Trajetória - Andréia descobriu o ballet ainda criança ao acompanhar sua mãe, que costurava figurinos para diversas companhias de dança. Com o tempo, ela começou a ingressar na carreira e chegou a ter aulas na companhia de dança Simone Matheus e também participou do projeto Estrelas do Amanhã. Como psicopedagoga de formação, Andréia sempre trabalhou com crianças portadoras de necessidades especiais e introduzia a dança em seu trabalho. Porém, ao sofrer o acidente há sete anos quando ia dar aula, a professora ficou com duas sequelas: uma na audição e outra na cervical. Devido à gravidade das lesões, a bailarina teve que ficar numa cadeira de rodas e sua recuperação durou anos, o que fez com que ela se afastasse da dança. Hoje, amparada por muletas, Andréia voltou a fazer uma das atividades que mais gosta.

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