"Millennium: A Garota na Teia de Aranha" entra em cartaz
07/11/2018 18:06 - Atualizado em 12/11/2018 17:20
Entre as estreias anunciadas para esta semana nos cinemas de Campos dos Goytacazes o destaque é para “Millenniun: A Garota na Teia de Aranha”. De acordo com a crítica, no começo dos anos 2000, o escritor sueco Stieg Larsson lançou uma trilogia de romances que tratavam o tema da violência sexual contra mulheres. O autor resolveu passar para o papel a culpa que sentia por não ter ajudado uma garota que ele testemunhou o estupro quando era adolescente. Nasceu, assim, Lisbeth Salander, uma jovem hacker com uma grande inabilidade social e Mikael Blomkvist, um jornalista investigativo e editor da revista Millennium, que trabalharam juntos para investigar o desaparecimento da sobrinha de um magnata sueco.
Divulgação
Larsson planejou escrever uma série com dez livros, mas por conta de sua morte repentina em 2004, apenas os três livros que estavam finalizados foram publicados postumamente. Os livros se tornaram um enorme sucesso de vendas e em fevereiro de 2009 foi lançada a adaptação cinematográfica de “Os Homens que Não Amavam as Mulheres”, o primeiro volume da série, com Noomi Rapace como Lisbeth Salander e Michael Nyqvist como Mikael Blomkvist. No mesmo ano os dois volumes seguintes, “A Menina que Brincava com Fogo” e “A Rainha do Castelo de Ar”, também foram adaptados para as telas.
Em 2011 o primeiro livro foi novamente adaptado para o cinema, desta vez por Hollywood, com Daniel Craig e Rooney Mara nos papéis principais. O filme foi muito bem recebido tanto pelo público como pela crítica especializada, e desde então era esperado que David Fincher adaptasse os outros dois livros com o mesmo elenco.
A editora Norstedts convidou o escritor David Lagercrantz para dar continuação à série e em 2015 foi publicado “A Garota na Teia de Aranha”, o quarto volume da série Millennium. Porém, o livro foi escrito ignorando os manuscritos deixados por Stieg Larsson, o que deu um tom levemente diferente da trilogia original.
A sequência com Rooney Mara nunca foi feita e Hollywood adaptou agora em 2018 o quarto livro da série, desta vez com Claire Foy no papel principal.
Em “Millennium: A Garota na Teia de Aranha”, graças às matérias escritas por Mikael Blomkvist (Sverrir Gudnason) para a revista Millennium, Lisbeth Salander ficou conhecida como uma espécie de anti-heroína, que ataca homens que agridem mulheres. Apesar da fama repentina, ela se mantém distante da mídia em geral e levando uma vida às escondidas. Um dia, Lisbeth é contratada por Balder (Stephen Merchant) para recuperar um programa de computador chamado Firefall, que dá ao usuário acesso a um imenso arsenal bélico. Balder criou o programa para o governo dos Estados Unidos, mas agora deseja deletá-lo por considerá-lo perigoso demais. Lisbeth aceita a tarefa e consegue roubá-lo da Agência de Segurança Nacional, mas não esperava que um outro grupo, os Aranhas, também estivesse interessado nele.
Esse filme foca mais no lado emocional e no passado de Lisbeth, já que também mostra seu passado ao lado do pai abusivo e da irmã Camilla (Sylvia Hoeks). Porém, da forma como o filme foi realizado, é fácil deixar o enredo de lado e se concentrar apenas nas cenas de ação. E são muitas, todas as brigas, perseguições, explosões e sequestros são de tirar o fôlego e possuem uma fotografia linda, mas não são exatamente plausíveis, o que torna essa Lisbeth uma forma de super-heroína.
O filme até lembra um pouco a formula dos filmes de James Bond (algo que fica bastante explícito nos créditos de abertura) e tenta prender o espectador em todas as tramas e conspirações, mas falha ao não oferecer nada realmente empolgante além das cenas de ação.
Claire Foy está muito bem no papel e conseguiu captar a personalidade de Lisbeth. Na verdade, sua atuação é o que sustenta o filme do começo ao fim.
Também entram em cartaz os filmes “Chacrinha — O Velho Guerreiro”, “O Grinch” e “Operação Overlord”. Permanecem em exibição “Tudo Por Um Pop Star”, “O Doutrinador”, “Quebra-Nozes e Os Quatro Reinos” e “Bohemian Rhapsody”. (A.N.) (C.C.F.)

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