Tropas das Forças Armadas retornam ao Rio, mas outras operações podem ocorrer
Verônica Nascimento 10/08/2018 15:39 - Atualizado em 13/08/2018 13:11
Megaoperação em Guarus
Megaoperação em Guarus / Antônio Leudo
Diferente do verificado nessa quinta-feira (9), Campos amanheceu sem tropas das Forças Armadas na região de Guarus conhecida como Faixa de Gaza, nesta sexta (10). Conforme o Comando Conjunto, a operação, que levou 800 agentes do Exército Brasileiro, Corpo de Bombeiros Militar e das polícias Militar, Civil, Rodoviária Federal e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) aos parques Eldorado I e II, Santa Rosa, Santa Clara e Prazeres, foi encerrada, mas a intervenção na segurança pública continua. Dois blindados do Batalhão Especial da Policia Militar (Bope), cedidos pelo Exército, ficarão em Campos até o dia 30 deste mês, para novas operações.
Porta-voz do Comando Conjunto, que engloba as três Forças Armadas, o coronel Carlos Cinelli disse que operações pontuais são a parte da emergencial da intervenção. “As Forças Armadas já se retiraram e os efetivos que vieram para esse reforço também já se retraíram para o Rio de Janeiro. A operação pontual foi encerrada e, agora, no escopo da intervenção federal, o delegado da 146ª Delegacia de Polícia de Guarus, Luís Maurício Armond, e sua equipe, e também o comandante do 8º BPM, coronel Fabiano de Souza, e promotor do Gaeco, Sérgio Fonseca, vão dar continuidade aos trabalhos com a mesma integração. Os 30 presos na operação vão redundar em novas investigações, que darão prosseguimento ao que foi o êxito da operação de ontem (quinta-feira)”, comentou.
Mas, ainda de acordo com o coronel, outras operações podem acontecer em Campos. “Em um primeiro momento, realizamos a operação emergencial, de curta duração, que objetiva tirar o represamento da atuação da polícia e de investigações de ações criminosas, que estavam paradas por falta de recursos ou de capacidade operativa. As operações dão impulsão para que as polícias possam prosseguir por conta própria e cessam. Elas vão acontecendo, dentro de um planejamento estratégico, em determinados lugares. Mas não é como verificar que aconteceu um problema e decidir fazer uma operação. Se houver outras operações em Campos, elas vão estar num espectro mais amplo, dentro de um planejamento”.
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O coronel ainda explica como se dá a parte estruturante da intervenção federal na segurança. “As ações estruturantes estão sempre acontecendo, nos bastidores, com o realinhamento de efetivos, compra de materiais e equipamentos e outras medidas logísticas vinculadas à intervenção, para recapacitar as polícias. Nós não operamos de modo reativo. Essa operação em Guarus, por exemplo, já estava no radar da secretaria de Segurança há algum tempo. Na verdade, o delegado Armond já estava solicitando a ação há mais de um ano e meio. Mas, sem a intervenção, não teria como ser feita, porque o estado do Rio estava sob uma intervenção de recuperação fiscal, sem poder investir em segurança, a questão política muito comprometida, enfim, vários fatores que estavam impedindo. Com a intervenção, estamos desamarrando nós administrativos e permitindo que isso aconteça. Então, isso é sistemático”.
Cinco blindados foram enviados a Campos na última quarta-feira. Três do Exército, modelo Guarani, retornaram nessa sexta. Dois outros, cedido pelo Exército à PM do Rio, do tipo Urutu permanecem na 2ª Cia de Infantaria, para operações em Guarus.

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