Principal suspeito de desaparecimento no caso Débora é preso por tráfico de drogas
Jonatha Lilargem e Verônica Nascimento 10/07/2018 08:40 - Atualizado em 11/07/2018 13:15
Polícia Civil apresenta presos
Polícia Civil apresenta presos / Verônica Nascimento
Principal suspeito do desaparecimento da diarista Débora dos Santos Moura, 33 anos, há dois anos, o ex-marido da vítima foi preso por tráfico de drogas na manhã desta terça-feira (10), junto com outro homem, em uma casa na rua Salim Assad, na Penha. A prisão do ex-companheiro pode ajudar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) a elucidar o caso, tratado como desaparecimento e não como homicídio, pela ausência de corpo.
Contra o suspeito também havia pendente um mandado de prisão por uma tentativa de homicídio em 16 de agosto de 2015. Ele, junto com outro homem que já está preso, teria tentado matar a tiros um parente de um policial militar.
— Na noite de ontem (segunda-feira), recebemos a informação de que o suspeito estava na Penha e, esta manhã, em uma incursão conjunta das polícias Civil e Militar, conseguimos prendê-lo, junto com o outro homem, por tráfico e associação para o tráfico de drogas e em cumprimento ao mandado de prisão por tentativa de homicídio. O caso Débora está a cargo da Deam, que, em interrogatório, poderá levantar informações que ajudem a desvendar o que aconteceu com Débora — ressaltou o titular da 134ª Delegacia de Polícia (Centro), Geraldo Rangel, em coletiva de imprensa.
A Polícia Militar aponta o ex-companheiro de Débora como responsável pelo tráfico da Penha, na época. Com o sumiço da diarista, ele teria fugido de Campos. “Deve ter achado que o caso foi esquecido e retornou para o mesmo bairro. De fato, não há um mandado de prisão contra ele, especificamente relacionado ao caso de Débora, porque, como o corpo não foi encontrado, não foi registrado pela Deam como homicídio”, concluiu o delegado.
De acordo com a polícia, com o suspeito foram encontrados cerca de 100 gramas de maconha e uma substância química chamada Labacaína, usado para misturar cocaína, além de alguns pinos de cocaína, material para endolação e carregadores de rádios de comunicação.
Titular da Deam, a delegada Ana Paula Patrão, que está de férias, destacou, em nota, a esperança de que, após essa prisão, a polícia possa receber informações sobre a localização do corpo de Débora: "Temos esperança de que, com essa prisão, possamos receber informações sobre a localização do corpo de Débora. Acreditamos que agora as denúncias podem ser feitas por alguém que realmente saiba onde o corpo está. Pedimos o apoio da população e lembramos que denúncias infundadas só atrapalham o andamento das investigações". Denúncias podem ser passadas à Deam através do número (22) 27381309.
Caso Débora — A vítima desapareceu depois de deixar um dos filhos na creche e, desde então, não foi mais vista. Débora tinha três filhos e, segundo a família, a vítima era agredida com frequência pelo ex-companheiro.
 
 

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