Garotinho condenado a 16 meses de prisão
Suzy Monteiro 20/06/2018 10:08 - Atualizado em 21/06/2018 14:21
Anthony Garotinho
Anthony Garotinho / Folha da Manhã
O ex-governador Anthony Garotinho (PRP) foi condenado mais uma vez à prisão. E mais uma vez por calúnia. A juíza Alessandra Bilac, da 40ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, sentenciou o pré-candidato ao Governo do Estado a 16 meses de detenção pelos crimes de calúnia e difamação contra o ex-policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Rodrigo Pimentel. A pena de detenção foi revertida em prestação de serviços em instituições a serem definidas pela Vara de Execuções Penais (VEP) e, ainda, pagamento de R$ 50 mil a ser revertido ao Instituto Nacional do Câncer (Inca). A Folha encaminhou e-mail para a assessoria de Garotinho, mas, até o fechamento desta edição, não havia resposta.
Em publicação no seu blog, Garotinho afirmou que Pimentel teria sido desligado da corporação por ter urinado nas calças durante uma operação em uma favela, além de ter chegado a afirmar que o policial teria fraudado laudo pericial.
Pimentel entrou com ação cível, mas, mesmo depois de tutela antecipada para que Garotinho retirasse todas as matérias, segundo a acusação, as matérias foram republicadas, “em flagrante desrespeito à ordem judicial”. Ele, então, entrou com ação na esfera criminal.
Garotinho já foi condenado e processado diversas vezes por calúnia e difamação. A mais recente foi divulgada em 8 de fevereiro, quando o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) ratificou a condenação a dois anos e oito meses de prisão e multa por caluniar o juiz federal Marcelo Leonardo Tavares, que o havia condenado na Segurança Pública S/A.
O crime foi cometido em 2011 e fevereiro de 2012, quando o réu escreveu em seu blog que o juiz cometeu corrupção e prevaricação ao proferir a sentença no processo contra ele. A pena foi convertida para o pagamento de mais de 200 salários-mínimos e prestação de serviços à comunidade.
Pimentel — O ex-policial do Bope é um dos autores do livro “Elite da Tropa”, escrito a seis mãos, junto ao também policial André Batista e o sociólogo Luiz Eduardo Soares, que foi coordenador de Segurança no Estado do Rio no início do governo Garotinho (entre 1999 e 2000). A obra, que mistura ficção e realidade, serviu de base para o filme “Tropa de Elite”. O personagem Capitão Nascimento foi inspirado em Rodrigo Pimentel. 
Chequinho e Segurança: mais duas sentenças
Álvaro Lins
Álvaro Lins / Divulgação
Além dos 16 meses de detenção por calúnia a Rodrigo Pimentel e a dois anos e oito meses de prisão e multa por caluniar o juiz Marcelo Leonardo Tavares, ambos transformados em serviços comunitários e multas, o ex-governador Garotinho tem outras condenações. Uma delas, na esfera eleitoral criminal.
Em 13 de setembro do ano passado, Garotinho foi condenado na Ação Penal decorrente da operação Chequinho, por liderar o “escandaloso esquema” da troca de Cheque Cidadão por votos no pleito de 2016. A pena é 9 anos e 11 meses e 10 dias de reclusão, além de multa de 225 salários mínimos, ou seja, mais de R$ 210 mil.
A pena foi transformada em prisão domiciliar com medidas cautelares até a decisão em segunda instância. Garotinho foi detido enquanto apresentava seu programa na rádio Tupi e ficou 13 dias preso, até conseguir liminar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O recurso contra a condenação está no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pronto para ser julgado, mas a defesa conseguiu uma liminar do ministro do STF, Ricardo Lewandowski, suspendendo o julgamento.
Garotinho também já foi condenado, em maio de 2008, na Segurança Pública S/A, a dois anos e meio de prisão por formação de quadrilha (convertidos a serviços à comunidade e suspensão de direitos). Também foi condenado o ex-deputado estadual e advogado Álvaro Lins, a 28 anos de prisão. A sentença de Garotinho nunca foi cumprida e ele ainda recorre.

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