Barroso diz que proibição da condução coercitiva foi "esforço para desautorizar juízes corajosos"
- Atualizado em 18/06/2018 18:40
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), falou sobre a proibição da condução coercitiva de réus e investigados para depoimento. Barroso disse não acreditar que a mudança seja relevante e que foi um "esforço e alguma medida para atingir e desautorizar, simbolicamente, juízes corajosos".
"Acho que a condução coercitiva era uma nota pé de página nesse contexto. Portanto, não acho que esta mudança, em si e por si, seja relevante. Acho que foi mais uma manifestação simbólica daqueles que são contra o aprofundamento das investigações. Acho que foi algum esforço e alguma medida para atingir e desautorizar, simbolicamente, juízes corajosos que estão ajudando a mudar o Brasil dentro da Constituição e dentro das leis", disse Barroso, ao ser questionado se a mudança poderia atrapalhar a Operação Lava Jato.
A condução coercitiva é o ato no qual um juiz manda a polícia levar um investigado ou réu para depor num interrogatório. Na última quinta-feira (14), o STF decidiu, por 6 votos a 5, proibir a condução coercitiva. A medida estava suspensa desde o ano passado, após decisão liminar (provisória) proferida pelo ministro Gilmar Mendes.
O ministro disse acreditar que, do ponto de vista da efetividade processual, a decisão não seja uma diferença muito grande, mas que pode produzir um efeito inverso ao pretendido. Para ele, a proibição da condução coercitiva pode incentivar uma medida mais "drástica".
"A condução coercitiva é uma alternativa menos gravosa a prisão temporária, a prisão cautelar. De modo que você proibir a condução coercitiva, você dá um incentivo a adoção de uma medida mais drástica[...]", afirmou.
Fonte: G1

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