O drama “O Menino do Pijama Listrado” (The Boy in the Striped Pyjamas, 2008) estará nesta quarta-feira (13) à noite na tela do Cineclube Goitacá. O filme, do diretor Mark Herman, será apresentado pela cirurgiã-dentista Gleice Cabral Rebel. A sessão começa às 19h e acontece na sala 507 do edifício Medical Center, localizado na esquina das ruas Conselheiro Otaviano e Treze de Maio, no Centro, com entrada gratuita.

A história se passa na Alemanha, Segunda Guerra Mundial. Lá, o menino Bruno (Asa Butterfield), de 8 anos, é filho de um oficial nazista (David Tewlis) que assume um cargo importante em um campo de concentração. Sem saber realmente o que seu pai faz, deixa Berlim e se muda com ele e a mãe (Vera Farmiga) para uma área isolada, onde não há muito o que fazer para uma criança com a idade dele.

Os problemas começam quando ele decide explorar o local e acaba conhecendo Shmuel (Jack Scanlon), um garoto de idade parecida, que vive usando um pijama listrado e está sempre do outro lado de uma cerca eletrificada. A amizade cresce entre os dois e Bruno passa, cada vez mais, a visitá-lo, tornando essa relação mais perigosa do que eles imaginam.

Gleice disse que assistiu ao longa-metragem várias vezes e que o escolheu por achar a história sensível e importante.

— Essa história, que se passa na época do holocausto, mostra algo muito bonito, que é uma amizade, de duas crianças, acima de qualquer preconceito. Não há maldade e eles não entendem por que há aquela divisão entre pessoas e eles não podem continuar se vendo. Os adultos entendem que um é judeu e outro é filho de um oficial nazista, mas para os olhares das crianças, aquilo não faz sentido.

Ela ainda comentou que gostaria que quem estiver presente na sessão tenha sensibilidade ao assistir.

— Não é um filme triste, é um filme que faz refletir. A história é uma grande surpresa. Ela é baseada num livro (homônimo, de John Boyne) e interessante é que os finais são diferentes no livro e na obra cinematográfica.

Do longa-metragem, a apresentadora da noite destacou as atuações das crianças.

— Fiquei impressionada com o trabalho deles. É muito difícil para uma criança ter essa sensibilidade para pensar naquela situação toda e atuar. Eles são atores muito novos e estavam muito bem neste filme.

Gleice Cabral Rebel contou, ainda, que assistiu a “O Menino do Pijama Listrado” pela primeira vez há cerca de cinco anos.

— Assim que acabou, fiquei chocada. O final, que não vou dizer qual é, claro, é uma surpresa. Não é algo óbvio, mas não é um final inimaginável também. Fiquei surpresa. É um filme muito bem feito — relatou.

Para ela, o longa de Mark Herman dará um bom debate pós-sessão.

— Isso porque estamos vivendo isso de novo. Há muito preconceito no mundo e as pessoas estão se separando por causa disso. É um assunto muito importante e que a gente precisa sempre estar debatendo — falou.