Interrogatório será à distância
Suzy Monteiro 30/05/2018 18:37 - Atualizado em 01/06/2018 14:56
A desembargadora do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) Cristiane de Medeiros Brito Frota concedeu liminar em habeas corpus (HC) impetrado pelo ex-presidente nacional do PR, Antonio Carlos Rodrigues, e seu genro, Fabiano Alonso, para suspender o interrogatório dos dois ao juiz Ralph Manhães no âmbito da operação Caixa d’Água e que estava marcada para a próxima segunda-feira, no Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos. Ambos réus na mesma ação penal onde os ex-governadores Anthony (PRP) e Rosinha Garotinho (Patri) também acusados de integrarem uma organização criminosa que intimidava e extorquia empresários com o objetivo de obter recursos de empresas contratadas pela Prefeitura de Campos durante a gestão Rosinha.
Antonio Carlos e Fabiano alegaram “constrangimento” por terem que vir a Campos para serem interrogados e pediram para que o ato processual ocorresse através de precatória, o que havia sido negado em primeira instância. No entanto, pelo entendimento da desembargadora, eles poderão ser interrogados à distância. Cristiane Medeiros deferiu a liminar e suspendeu o interrogatório deles na segunda. Porém, Medeiros rejeitou o recurso de Rodrigues e Alonso que queria evitar a prisão em qualquer fase do processo.
Ao analisar os pedidos, a desembargadora disse que “vislumbra-se a plausibilidade do direito dos requerentes apta a ensejar o deferimento de seu pedido liminar”, especialmente pela proximidade da data do interrogatório. Porém, “em face da antecipação dos efeitos do pedido de mérito, entendo que não há necessidade de se apreciar o requerimento de salvo conduto”.
Ela também determinou a notificação ao Juízo da 98ª Zona Eleitoral de Campos, a fim de que preste as informações no prazo de cinco dias. Após, os autos serão encaminhados à Procuradoria Regional Eleitoral para manifestação no prazo de dois dias.
A operação Caixa d’Água foi desencadeada em 22 de novembro do ano passado. Nela, foram presos os ex-governadores sob a acusação de, ao lado de outras seis pessoas, integrarem uma organização criminosa que arrecadava recursos de forma ilícita com empresários com o objetivo de financiar as próprias campanhas eleitorais e a de aliados, inclusive mediante extorsão com arma de fogo. Além dos Garotinho, do ex-presidente nacional do PR e seu genro, também são réus na Caixa d’Água o ex-subsecretário municipal de Governo e hoje vereador, Thiago Godoy (PR), o ex-secretário de Controle Orçamentário de Rosinha, Suledil Bernadino, e o policial civil aposentado Antônio Carlos Ribeiro da Silva, o Toninho.

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