Garotinho pede, mas Fachin nega
Arnaldo Neto e Suzy Monteiro 11/04/2018 10:19 - Atualizado em 12/04/2018 14:30
Garotinho
Garotinho / Rodrigo Silveira
O ex-governador Anthony Garotinho (PRP) está tentando, mais uma vez, retirar das mãos da Justiça Eleitoral de Campos a Ação Penal originada da operação Caixa d’Água. O político da Lapa entrou com Reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF), alegando ligação da operação com a delação do executivo Ricardo Saud, da JBS. Disse, também, que a delação, por determinação do relator ministro Edson Fachin, foi encaminhada à Justiça Federal no Rio, o que seria incompatível com o prosseguimento da investigação na seara eleitoral. Assim, pediu que a Ação Penal seja retirada de Campos, passe para o STF e que todos os atos processuais praticados até agora sejam anulados. A liminar foi negada por Fachin.
Pedido semelhante já havia sido feito e negado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). As audiências do caso prosseguiram normalmente e no Diário Oficial desta quarta-feira (11) consta a relação dos réus que serão interrogados na próxima quarta-feira. Garotinho, Rosinha e mais seis pessoas foram presos em novembro do ano passado, na operação Caixa d’Água. Foram acusados pelo Ministério Público Eleitoral de integrarem uma organização criminosa que arrecadava recursos de forma ilícita com empresários com o objetivo de financiar as próprias campanhas eleitorais e a de aliados, inclusive mediante extorsão.
No caso do STF, a Reclamação primeiro foi para as mãos da presidente, ministra Cármen Lúcia, que encaminhou ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato. Fachin, por sua vez, disse não ver ilegalidade, nem urgência e indeferiu a liminar. Ele pediu informações ao juízo da 98ª Zona Eleitoral, que, inclusive, já encaminhou as informações.
As delações que levaram à prisão do casal Garotinho na Caixa d’Água são da mesma fonte que recentemente levaram para cadeia, mesmo que por poucos dias, amigos do presidente Michel Temer, na operação Skala: do empresário Ricardo Saud, da JBS. Saud delatou à Lava Jato ter repassado R$ 2,6 milhões de caixa dois à campanha de Garotinho ao governo estadual em 2014. Confirmadas pelo empresário local André Luiz da Silva Rodrigues, o “Deca”, dono da Working, as denúncias em Campos se estenderam à formação de quadrilha para extorquir, com emprego de arma de fogo, as empreiteiras que prestavam serviço ao governo municipal Rosinha Garotinho. 

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