Baixada projeta produção de camarão de forma intensiva
21/02/2018 20:50 - Atualizado em 23/02/2018 14:20
Os caminhos para a diversificação da produção no interior passam também por alternativas como a instalação da primeira fazenda de cultivo intensivo de camarão de Campos. O trabalho de disseminação de informações sobre a atividade tem sido desenvolvido pela Superintendência Municipal de Pesca e Aquicultura (SMPA), que articula acompanha a atividade entre pequenos aquicultores na Baixada Campista. A informação é do superintendente adjunto, José Armando Barreto, que nesta semana realizou visita técnica à área onde estão sendo instalados tanques e laboratório, na Fazenda São Vicente.
— O projeto vai irradiar a atividade entre pequenos aquicultores da região, que vão ter uma nova fonte geradora de emprego e renda. Esse é um modelo produtivo no Plano Estratégico de Pesca e Aquicultura e estamos buscando articulações com os entes produtores e informações técnicas, com visitas a várias fazendas de camarão. Nossa expectativa é transformar o município num grande polo produtor e exportador — afirmou.
Na fazenda, quatro dos 12 tanques de superfície projetados já foram instalados, bem como o laboratório para receber as larvas e encaminhar para quarentena. No empreendimento, será utilizada a espécie Litopenaeus vannamei, conhecida como camarão-branco-do-pacífico e altamente produtiva. O crustáceo leva em média de 70 a 80 dias para atingir o ponto de despesca, com cerca de 16 gramas. A expectativa é produzir inicialmente 40 toneladas/mês, atingindo depois 100 toneladas, no pico da produção.
O consultor técnico Diego Nobre adianta que um sistema de captação de água salgada e água doce vai garantir o controle da salinidade no sistema.
— Usaremos a energia solar, produzida com células fotovoltaicas, para controle da temperatura da água. Isso vai garantir que a fazenda seja 100% autossuficiente e sustentável, permitindo ao empreendimento a concessão do ‘Selo Carbono Zero’ de sustentabilidade —, afirmou.
O investidor Carlos Magno Manhães, que espera para esta semana a liberação da licença ambiental para o empreendimento, aposta na grande demanda no país, hoje atendida em mais de 90% por criadores do Nordeste. “O Brasil não é autossuficiente na produção de camarão e vamos investir nesse vácuo de mercado. Após visitar criadores de Aperibé e buscar consultorias, decidimos pela implantação do empreendimento aqui na Fazenda São Vicente e, em pouco tempo, queremos ter inúmeros criadores ao nosso redor, gerando divisas e postos de trabalho na região”, destaca o empresário.

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