Luiz Fernando Pezão
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Antonio Cruz/Agência Brasil
Ministério Público Federal (MPF) pediu autorização ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para investigar se o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) cometeu crime na nomeação de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O órgão pediu ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) que o processo da operação Cadeia Velha tenha partes dos autos copiadas e remetidas ao STJ.
Em depoimentos ao MPF, os conselheiros substitutos Andrea Siqueira Martins, Marcelo Verdini Maia e Rodrigo Melo do Nascimento afirmaram que não eram os autores da carta onde teriam desistido de uma vaga em aberto no TCE. Os três atribuíram o documento ao deputado estadual Edson Albertassi (PMDB), indicado ao cargo por Pezão no final do ano passado e preso na operação Cadeia Velha junto com o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB) e o ex-presidente Paulo Melo (PMDB).
Verdini e Melo acrescentaram que nunca desistiram da vaga, mas se viram obrigados a assinar o documento por não terem como alcançar o cargo sem o apoio político da Alerj. A vaga disponível era da aposentadoria de Jonas Lopes de Carvalho, cujo preenchimento cabe a governadores. Até ser preso em novembro, Albertassi ocupava a liderança do governo Pezão na Alerj.
Para o MPF, os depoimentos de Martins, Verdini e Melo devem ser analisados pela Procuradoria-Geral da República, que atua junto aos tribunais superiores e ações relativas a autoridades com prerrogativa de foro nessas instâncias.
A solicitação foi encaminhada ao relator do processo, desembargador federal Abel Gomes. (A.N.) (A.S.)
As vagas são para 12 modalidades de cursos como almoxarife, assistente de marketing digital, assistente de operações em logística, eletricista industrial, entre outros