Ensaios para Festa de Santo Amaro
16/12/2017 15:28 - Atualizado em 20/12/2017 16:25
Festa de Santo Amaro
Festa de Santo Amaro / Divulgação
Expectativa e contagem regressiva. No distrito campista os moradores já começam a se preparar para a Festa de Santo Amaro, que acontecerá em 15 de janeiro.
E se depender de Miguel Henrique de Carvalho o espetáculo da cavalhada vai repetir o brilho das anteriores. Ele passou para seu filho Wellington Luis Pereira de Carvalho o chapéu de capitão dos cristãos que estarão repetindo a batalha contra os mouros. Mas para o velho capitão, a alegria vem em dobro: o neto Luis Eduardo Ribeiro de Carvalho, 16 anos, já está se apresentando ao lado do pai.
Reunir roupas, adereços, contabilizar e verificar o material e preparar tudo muito bem com os ensaios que já começaram. No campo as manobras são repetidas e como num bailado os detalhes para o brilho de um dia mais esperado. O que importa é brilhar para atrair para a apresentação com toda a beleza e dignidade de uma batalha que acaba com todos vitoriosos. Gerações que se encontram no dia da festa do Padroeiro da Baixada Campista. A expectativa é de um público que ultrapasse 100 mil visitantes nos dias festivos.
Miguel Henrique decidiu passar posto de capitão
Miguel Henrique decidiu passar posto de capitão / Divulgação
— Desde criança assistia as cavalhadas, mas a primeira vez que participei foi com 13 anos e só parei em 2015, e passei a meu filho Wellington, que é o capitão dos cristãos. Foi uma alegria e emoção e agora meu neto Luiz Eduardo pediu para correr ao lado do pai. E me sinto muito feliz. Saber que a tradição continua. Na minha família dois primos corriam cavalhada; Amaro Constantino e João Palmeira — conta Miguel Henrique.
Festa de Santo Amaro
Festa de Santo Amaro / Divulgação
Uma tradição cultural da cidade a cavalhada foi introduzida na festa em Santo Amaro há mais de três séculos. E as apresentações na festa em janeiro atraem turistas de várias partes do Brasil. A TV Sesc Senac já produziu dois documentários nos programas Balaio Brasil e Coleções com exibição em rede nacional de televisão. A comunidade se reúne para a preservação do bem cultural, e mesmo enfrentando as dificuldades financeiras a apresentação acontece com todo brilho.
A cavalhada vem sendo realizada desde o século XVII, e a tradição vem sendo mantida pelos moradores. Para o Bispo de Campos, Dom Roberto Francisco Ferreria Paz representa um registro significativo de como nossa região conserva e fez uma recepção criativa da matriz cultural ibérica, que plasmou nas cavalhadas, uma expressão simbólica da reconquista das terras que foram tomadas dos mouros.
— A cavalhada transita pelo diálogo intercultural e inter-religioso, possibilitando a convivência agora pacífica e colaborativa das civilizações, que na Idade Média interagiram de forma antagônica. Hoje, é importante numa cultura cosmopolita valorizar a sua riqueza e diversidade — disse Dom Roberto. (A.N.)

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