"Elena" no Cineclube Goitacá
Jhonattan Reis 05/12/2017 17:49 - Atualizado em 07/12/2017 15:22
A quarta-feira (6) é dia de Cineclube Goitacá, que exibe, nesta noite, o longa-metragem “Elena” (2012), da diretora Petra Costa. Quem apresenta o documentário é o cineasta e publicitário Felipe Fernandes. A sessão tem início às 19h, na sala 507 do edifício Medical Center — na esquina das ruas Conselheiro Otaviano e Treze de Maio, no Centro de Campos. A exibição tem entrada gratuita.
Ao viajar para Nova York, Elena segue o sonho de se tornar atriz de cinema e deixa no Brasil uma infância vivida na clandestinidade, devido à ditadura militar implantada no país, e, também, a irmã mais nova, Petra, de apenas sete anos.
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Cena de ENTITY_quot_ENTITYElenaENTITY_quot_ENTITY / Divulgação
Duas décadas depois, Petra embarca para Nova York atrás da irmã. Na busca, ela tem apenas algumas pistas, como cartas, diários e filmes caseiros. Petra acaba percorrendo os passos da irmã até encontrá-la em um lugar inesperado.
Felipe Fernandes contou que escolheu “Elena” para a sessão desta quarta-feira pela sua predileção em exibir filmes nacionais.
— Embora nem sempre eu o faça, acho importante poder usar o espaço do Cineclube para difundir um pouco do nosso cinema, que é tão rico e pouco visto. Em Campos então, é difícil termos acesso aos trabalhos brasileiros. A internet ao menos veio para diminuir esse problema, mas ainda assim os filmes do nosso país são pouco vistos.
Ele descreveu o documentário como uma obra “diferente do que estamos acostumados” a assistir.
— Ele tem uma carga dramática e uma beleza poética difíceis de encontrar. É o tipo de filme que fica com o expectador. “Elena” é uma das obras mais corajosos que eu conheço. Trata-se de um documentário intimista que aborda, de forma aberta e poética, assuntos muito fortes.
Lembrando que “Elena” é uma espécie de carta cinematográfica da realizadora Petra Costa à sua irmã, que dá nome ao filme, Fernandes ressaltou que o longa é corajoso por expor a intimidade da família da diretora.
— E essa família passou por muita coisa. O filme permite que nós expectadores adentremos a intimidade familiar de uma forma única, através de imagens evocativas, uma gama de sentimentos e sensações causados por uma montagem minuciosa e uma trilha sonora brilhante que compõe a trajetória de Elena, Petra e sua mãe.
O apresentador da noite contou que este é o único trabalho que assistiu de Petra Costa.
— Ela tem, ainda, um curta e outro longa, também muito elogiado. Porém, ainda não os assisti. Petra é uma artista muito corajosa e, tirando por “Elena”, faz um trabalho poderoso em que consegue, tanto pelo conteúdo textual quanto pelo visual, criar uma narrativa forte que se complementa. É um cinema sensorial, que atinge o expectador de diferentes maneiras — falou.
Felipe Fernandes comentou sobre as impressões que teve logo que terminou de assistir a “Elena” pela primeira vez.
— Recordo-me que, ao terminar o filme, percebi ter acabado de presenciar uma obra única. É difícil voltar à realidade após alguns determinados filmes, e “Elena” me causou isso. Uma mistura de tristeza com a certeza de ter presenciado algo belo, sensações um pouco conflitantes, mas que explicam muito do meu fascínio pela arte. O filme ficou na minha memória e, revendo para esta exibição, ao final estava novamente extasiado. É um filme muito bonito.
Para ele, “Elena” dará um belo debate. “Isso por ser um filme que traz a cada expectador memórias pessoais. Ele acaba atingindo cada um de maneira muito particular”.

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