GAP e fantasma ainda assombram Campos
Suzy Monteiro 20/11/2017 15:57 - Atualizado em 24/11/2017 18:26
Ambulâncias abandonadas
Ambulâncias abandonadas / Folha da Manhã
Um fantasma velho conhecido de Campos voltou a assombrar, desde agosto, quando foi preso o empresário Fernando Trabach Gomes. O empresário é apontado pelo Ministério Público Estadual (MPRJ) como líder de uma organização criminosa, responsável por usar uma pessoa fictícia, George Augusto Pereira da Silva, com o objetivo de cometer crimes licitatórios e contra a ordem tributária. O chamado “fantasma” teria sido usado para vencer licitações em vários municípios do Estado e figurou como sócio de dezenas de empresas e outorgante de procurações para atuação junto a bancos, cartórios e prefeituras. Um dos municípios investigados foi Campos, onde a GAP AP Comércio e Serviços Especiais, empresa que teria o “fantasma” como proprietário, foi contratada pela então prefeita Rosinha Garotinho (PR) para locação de ambulâncias. Atualmente, Trabach tenta trancar a ação na qual é investigado. O caso está no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em 2009, no primeiro ano da gestão de Rosinha, a GAP foi contratada para alugar ambulâncias ao município. Desde agosto de 2011, o MPE apontava fraude na licitação que resultou na contratação. Em 2013, a revista Época revelou que George – que chegou a dar uma entrevista por telefone a uma rádio do Rio, era um “fantasma”.
Além de prestar serviço à prefeitura administrada por Rosinha, a GAP foi contratada em 2011 pelo gabinete do então deputado federal Anthony Garotinho para locar um carro em Brasília. A despesa foi paga com dinheiro da Câmara. Na mesma época, a empresa chegou a emprestar um carro para Wladimir Garotinho.
Dois dias depois, Garotinho subiu à tribuna da Câmara para dizer que a empresa ganhou “licitamente a concorrência”. O então deputado negou qualquer ligação com o esquema de George, mas admitiu conhecer o empresário Fernando Trabach Gomes. Já o empresário argumentou, na ocasião, que, sem ele saber, um escritório de advocacia criou George.
O próprio Garotinho anunciou que o contrato seria suspenso, o que foi confirmado pela Procuradoria do Município em março de 2013, mas os pagamentos continuaram a ser feitos por mais um tempo.
Existe uma Ação Civil Pública iniciada em outubro de 2011, na qual o MPE destaca supostos vícios na contratação da empresa e pede a condenação por improbidade administrativa da então prefeita, do então secretário de Administração, entre outros.
A Folha tentou contato com o advogado de Trabach, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

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