Policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), do Rio de Janeiro, realizaram uma operação, nesta quinta-feira (23), no Shopping Popular Michel Haddad, no Centro de Campos, e em um estabelecimento no bairro Jóquei Clube. Roupas, sapatos, capinhas de celular e outros objetos foram apreendidos. Dez pessoas foram detidas e conduzidas à 134ª Delegacia Policial (Centro), onde o caso foi registrado. Logo após a fiscalização, por volta das 13h30, permissionários do camelódromo realizaram um protesto no cruzamento da avenida José Alves de Azevedo (Beira-Valão) com a rua Tenente Coronel Cardoso, próximo ao Mercado Municipal. A manifestação afetou o trânsito em diversas ruas.

Cerca de 10 agentes da DRCPIM participaram da operação. Inicialmente, eles foram ao Jóquei, onde três pessoas foram detidas em uma loja. A atuação policial se estendeu para o camelódromo, com mais sete detidos e uma grande quantidade de materiais apreendida.

Revoltados com a operação e bastante exaltados, os camelôs iniciaram imediatamente um protesto, que durou cerca de 45 minutos, sendo encerrado por volta das 14h15. Caixotes de madeira foram usados para interromper o trânsito na Beira-Valão e na rua Tenente Coronel Cardoso, antiga Formosa. "Tem um monte de loja fechada. Vamos invadir", gritou uma permissionária durante o ato. A situação foi controlada pela Polícia Militar, que também atuou junto à Guarda Civil Municipal (GCM) no controle do trânsito.

O presidente da Associação dos Permissionários do Mercado Popular Michel Haddad, Sandro da Silva Queiroz, estava presente. "A Polícia Civil veio e apreendeu as mercadorias dos permissionários. Mercadorias de marca. Levaram sete permissionários", disse, rapidamente, enquanto conversava com os camelôs ao final do protesto.

Por conta da manifestação, ocorrida debaixo de chuva, vans e outros veículos tiveram que passar pela rua Carlos de Lacerda, que ficou bastante movimentada. Também houve lentidão em outras vias do Centro.