Até "food truck" causa polêmica na Câmara de Campos
Aldir Sales 24/10/2017 23:28 - Atualizado em 27/10/2017 19:34
Mais uma sessão com polêmicas, discussões acaloradas e troca de farpas entre parlamentares na Câmara de Campos. Desta vez, o plenário da Casa analisou e manteve o veto completo do prefeito Rafael Diniz (PPS) ao projeto de lei do vereador Thiago Ferrugem (PR) para a regulamentação dos veículos automotores e bicicletas utilizadas para a comercialização de alimentos nas ruas, os chamados “food truck” e “food bike”. Ferrugem e Jorginho Virgílio (PRP) protocolaram um pedido de vista para ter mais tempo de apreciação sobre o veto, porém, a base do governo manteve a posição de Diniz.
Um dos pontos contestados pela Prefeitura é a obrigatoriedade do município em conceder gratuidade no aluguel dos espaços para instalação dos foodtrucks em um momento de crise na arrecadação. O Executivo alega também que a “normatização acerca de permissão de uso de bem púbico partir do Poder Legislativo contraria expressamente a Lei Orgânica”. No entanto, houve contestação por parte do autor do projeto. “Não tenho nenhum problema em dialogar com todos, mas esse veto me parece completamente equivocado juridicamente. Ele não se sustenta. O projeto não invade a esfera do Executivo, que será responsável pelas particularidades. Esse projeto foi aprovado pela procuradoria da Câmara, pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e em dois turnos pelo plenário. A vista seria importante para discutirmos mais sobre o assunto. Qual seria o prejuízo? Nenhum — afirmou.
Já o líder do governo, Fred Machado (PPS), revelou que o Executivo preparou um outro projeto de lei para a regulamentação dos serviços sem os impedimentos apresentados anteriormente. “Me comprometo em tentar trazer até amanhã (hoje, quarta-feira) esse projeto do Executivo para que juntos, sem nenhum tipo de vaidade, possamos propor emendas e construir essa lei, com grande contribuição do vereador Thiago Ferrugem. Mas não vejo motivo para o pedido de vista hoje (ontem)”, disse.
No entanto, um dos momentos mais tensos da sessão aconteceu quando o presidente da Casa, Marcão Gomes (Rede), comentou sobre o pedido de vista. “Foi dito que o projeto de lei é bom, mas é preciso ter adequações. Não vejo motivo para vista, já que o veto tem apenas duas páginas”, disse.
Porém, na sequência, Jorginho se sentiu ofendido e disparou: “O senhor é uma pessoa inteligente, entende rápido, mas eu sou burro, preciso de mais tempo”, discursou o parlamentar do PRP, que completou: “Me senti desrespeitado por causa de um simples pedido de vista. Enquanto o governo quiser ter um vereador digno e independente, conte comigo. Do contrário, me engula ou me vomite”, finalizou.

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