Da paz às alfinetadas no retorno da sessão
Aldir Sales 17/10/2017 22:30 - Atualizado em 20/10/2017 17:57
O aparente clima de paz entre os vereadores não resistiu até o final da sessão desta terça-feira na Câmara Municipal de Campos, que voltaram a ser realizadas depois da falta de quórum nas últimas três. Em certo momento, oposição e situação se uniram e pregaram a tranquilidade entre as bancadas durante a apreciação de uma moção de aplausos para o dia do vereador, que aconteceu no último dia 1º de outubro. No entanto, o clima esquentou e os lados opostos encerraram o dia se alfinetando novamente.
Líder do governo na Casa, Fred Machado (PPS) pediu mais respeito entre os parlamentares. “Precisamos de uma Casa de paz, sem ira, sem ódio. Todo mundo erra e pode ter um momento de destempero, mas temos que perdoar. Devemos dar exemplo aos nossos filhos”, declarou.
No entanto, durante a palavra livre, as duas bancadas voltaram a “se estranhar” na tribuna. Líder da oposição, Thiago Virgílio (PTC) contestou a dispensa de licitação da Prefeitura para contratar a empresa Barbosa Freire LTDA, que teria como uma das sócias uma tia do prefeito Rafael Diniz, para a realização de radiografias bucais pelo valor unitário de R$ 82 por serviço. “Se é ilegal, eu não sei, mas que é imoral a contratação da titia do prefeito, com certeza”, disse Virgílio.
Porém, Fred voltou à tribuna para rebater o colega. “A procuradoria do município explicou que a empresa foi contratada a partir de uma tomada de preços com outras três e após uma decisão judicial para o oferecimento urgente deste serviço. A lei não exige a documentação societária da empresa nessa modalidade, mas depois de constatada, essa contratação foi anulada. Mas será que a ‘titia’ realizar esse serviço a R$ 82 é mais imoral do que o filho do ex-secretário de Governo pegar emprestado e bater com um carro da GAP (envolvida em um escândalo de dono fantasma)?”, finalizou.
Entre os principais assuntos da sessão esteve, novamente, os problemas nos serviços de home care oferecido pela empresa Ed Care. Os vereadores revelaram que funcionários da empresa foram ouvidos pela Comissão de Saúde da Câmara, que é presidida pelo primeiro secretário do Legislativo campista, Abdu Neme (PR). A vereadora Linda Mara (PTC) disse que uma mulher morreu durante a semana por falta de um serviço adequado. Na sequência, Jorginho Virgílio (PRP) pediu maior apuração do caso e Fred Machado (PPS) falou que representantes da empresa entraram em contato com ele durante a sessão, colocando-se à disposição para a realização de uma audiência pública sobre o tema. No entanto ainda não existe uma definição sobre data.

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