Ex-presidente do Tênis Clube morre
Paula Vigneron 01/09/2017 22:02 - Atualizado em 02/09/2017 19:23
Velório aconteceu no Tênis Clube
Velório aconteceu no Tênis Clube / Paula Vigneron
Sob bandeiras do Flamengo e do Tênis Clube de Campos, duas de suas paixões, e vestido com uma camisa personalizada do time, o ex-presidente do Tênis Clube da cidade Paulo Luiz Machado, de 84 anos, está sendo velado na sede da associação, no Centro da cidade. Ele morreu na nessa sexta-feira (1), devido a uma perfuração no intestino durante um exame de colonoscopia, que resultou em septicemia. O sepultamento de Paulo, que estava internado desde o dia 19 de junho no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro, aconteceu no cemitério do Caju.
No salão do clube, amigos e familiares se reuniram para prestar as últimas homenagens ao ex-presidente. Ele é lembrado pelo amor que tinha ao Tênis Clube e esteve na presidência por diversos mandatos. Paulo Luiz frequentava o espaço desde os anos 70. Para o filho, Júlio César Machado, a relação entre o pai e o clube era de amor.
— A vida dele era isso. Ele adorava o clube. Ajudava, queria tomar conta. Passou grande parte da vida dele aqui. Sempre esteve presente. Era como a casa dele. As paixões dele eram o Tênis, o Flamengo e mulher bonita. Ele foi tudo de bom. O maior exemplo de pessoa, de pai. Tínhamos uma relação muito boa. Inclusive, ele morava comigo. Foi um exemplo para mim: de pai, de filho, de irmão, de líder — contou o filho.
Atualmente, Paulo estava à frente da presidência do conselho do Tênis Clube. Ex-tesoureiro do grupo, Juarez Pessanha afirmou que Paulo, seu amigo há cerca de 40 anos, é um marco dentro da história do clube.
— Ele tem serviços prestados fantásticos ao Tênis. Só ia para casa dormir. Fora isso, estava aqui dentro, com uma gama de amigos. É uma perda para todos nós e para a instituição. Tudo que se fazia, a gente tinha que tomar bênção a Paulo Machado, pela sua trajetória e experiência. Isso tudo vai ficar na nossa memória, todas as coisas boas que ele deixou. Ele vai ficar marcado como pioneiro, batalhador, exemplo”, disse.
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    Velório aconteceu no Tênis Clube

Diretor administrativo da associação, Rodrigo Campista lamentou a partida do amigo e revelou que a permanência do clube está ligada ao legado do ex-presidente: “Estamos dando continuidade. A nova gestão conseguiu trazer o Tênis de volta. Ele estava em fase quase falimentar. Conseguimos, aos trancos e barrancos e com ajuda de Paulo, que era presidente do conselho, levantá-lo. Um dos últimos pedidos dele foi ser velado no salão do Tênis.”
Nascida e criada no Rio de Janeiro, a advogada Fernanda Machado, neta de Paulo, recordou que a relação com o avô era de companheirismo e diversão:
— Gostava muito do meu avô. Ele ia muito ao Rio e sempre levava torradinhas de alho, que eu amava, e chuvisco. Sempre dizia, de brincadeira, “minha neta não cresceu, não; tenho que ficar vigiando”. Quando eu ia sair, falava: “vou cuspir”. Porque ele dizia que, quando o cuspe secasse, eu tinha que estar de volta. Víamos muitos jogos juntos. Fui atleta de vôlei, no começo da adolescência, e ele sempre acompanhava. Também sou flamenguista. Gostávamos de ver qualquer coisa do Flamengo. Eu vinha ao Tênis quando era bem pequeninha. E sempre foi um orgulho para ele, que nunca deixou de frequentar. Tinha uma preocupação muito grande com o clube. Mesmo tendo falecido no Rio, fizemos tudo para fazer exatamente como ele gostaria que fosse. Acho que, de algum jeito, ele deve estar feliz.
O ex-presidente, que era viúvo, deixa dois filhos, o produtor rural Júlio César e a juíza Paula Machado, e os netos Fernanda e Bruno.

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