Dois espancamentos divulgados em vídeos no Whatsapp, ocorridos em Guarus e envolvendo menores entre os suspeitos, resultou na condução de 10 pessoas à 146ª Delegacia de Polícia de Guarus. Segundo informações de policiais militares, depois de receberem denúncias, eles identificaram os envolvidos e os encaminharam à delegacia. Dos dez, dois foram ouvidos e liberados, oito, dentre eles seis menores, foram apreendidos e dois adultos presos. Segundo a PM, eles responderão por associação ao tráfico, posse de arma e posse compartilhada de arma, já que um revólver calibre 38 também foi apreendido.

Em um dos crimes, ocorrido há cerca de 10 dias, na rua Três, do Parque Eldorado, uma menor espancou uma mulher no meio da rua, à luz do dia. O crime foi registrado por um comparsa e outro homem. Na gravação, a qual a PM teve acesso e forneceu à Polícia Civil, a jovem agride a mulher com um pedaço grande de pau, além de socos, tapas e pontapés. A mulher pede socorro, mas ninguém intervém.

A vítima indaga o motivo da agressão, mas a menor só para o espancamento, quando ela cai com o rosto no meio fio, fica imóvel e o comparsa que grava diz que já está bom. Após registrar toda a cena, ele sai com os dois dizendo que a vítima seria culpada por um ato que teria deixado um conhecido deles em risco de morte. “É para aprender”, diz o homem no vídeo.

De acordo com os policiais, a mulher foi socorrida e levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM) e já teria recebido alta.

O segundo caso, que, segundo os policiais, teria ocorrido no último sábado, na rua 1, também no Parque Eldorado, cinco suspeitos espancam um homem, enquanto são filmados por um menor. Durante o crime, a vítima dá a entender que conhece os agressores. Com paus e troncos, ele é espancado por minutos, enquanto pede que interrompam espancamento e diz que não tornaria a fazer o que possivelmente motivou a agressão.

Segundo a polícia, ele também foi socorrido para o HFM e passa bem.

As imagens do cumprimento da Lei de Talião foram divulgadas pelos próprios envolvidos em redes sociais. Apesar de terem ocorrido no mesmo bairro, os crimes não têm ligação e, segundo a PM, seriam fruto de “justiça paralela” que impera no bairro.